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13/10/2010

Desemprego nos países da OCDE não pertencentes à União Europeia

No 2º trimestre de 2010, a Turquia e o Chile eram os dois países da OCDE (não pertencentes à União Europeia) com as taxas de desemprego mais elevadas. No mesmo período, em oito dos 13 países analisados, os homens eram os mais afectados por este fenómeno.

Com uma taxa de desemprego de 14,1% no 2º trimestre de 2010, a Turquia registava o valor mais elevado para este indicador no conjunto de países da OCDE não pertencentes à União Europeia (UE) . O Chile apresentava igualmente um valor acima dos 10%, logo seguido pelos Estados Unidos da América (EUA), com 9,3% de taxa de desemprego. Neste último país o valor do desemprego sobe para os 10,3% se se tiver apenas em conta a população masculina, enquanto entre as mulheres se regista uma taxa de desemprego de 8,1%.
Os EUA é, aliás, um dos oito países (do total de 13 analisados), no qual a taxa de desemprego masculina é mais elevada do que o mesmo indicador para as mulheres. É na Islândia que esta diferença é mais significativa: a taxa de desemprego masculina é 2,9 pontos percentuais mais elevada do que o registado entre as mulheres. No México o valor deste indicador é o mesmo para homens e mulheres (5,5%), enquanto no Chile as mulheres apresentam uma taxa de desemprego 2,7 pontos percentuais mais elevada do que os homens.
A Coreia e a Noruega são, por seu lado, os países com menores taxas de desemprego no 2º trimestre de 2010: 3,7% e 3,2%, respectivamente.
O Quadro 2 permite observar a evolução da taxa de desemprego médio anual entre 1998 e 2009, nos países da OCDE não pertencentes à UE. Em primeiro lugar é de destacar que, se forem comparados o primeiro e o último ano em causa, a taxa de desemprego na Turquia aumentou 7,2 pontos percentuais (de 6,9% para 14,1%), enquanto no Brasil se registou a diminuição mais expressiva: 5,5 pontos percentuais, de 13,6% para 8,1%. Na Rússia registou-se também uma diminuição da taxa de desemprego, de 11,9% para 8,4%. Em quase todos os países se verificam oscilações na taxa de desemprego ao longo dos anos em causa. Na Noruega, por exemplo, estas variações são mais ténues, ao contrário do que acontece no Chile.
Por outro lado, é também perceptível que, em geral, os aumentos na taxa de desemprego média anual são especialmente significativos entre 2008 e 2009: na Islândia, por exemplo, este indicador aumentou 4,2 pontos percentuais entre estes dois anos, enquanto nos EUA o crescimento da taxa de desemprego entre 2008 e 2009 foi de 3,5 pontos percentuais.
 
http://observatorio-das-desigualdades.cies.iscte.pt/index.jsp?page=indicators&lang=pt&id=200

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