A capital grega foi hoje, quinta-feira, palco de confrontos entre elementos da polícia e trabalhadores do Ministério da Cultura, que exigem empregos fixos e, em protesto, bloquearam a entrada da Acrópole de Atenas.
foto AFP |
Cordão polícial junto aos manifestantes que bloquearam a entrada da Acrópole |
A polícia foi chamada a meio da manhã para tentar dispersar algumas dezenas de manifestantes que bloquearam a entrada ao monumento arqueológico da Acrópole de Atenas, noticiou a televisão local e a agência de notícias AFP.
Segundo um fotógrafo da agência, a polícia usou gás lacrimogéneo para dispersar parte dos manifestantes e pelo menos uma pessoa foi detida. A polícia não confirmou estas informações.
A entrada da Acrópole de Atenas já tinha sido bloqueada ontem, quarta-feira, por trabalhadores do Ministério da Cultura, a termo certo, que exigem contratos definitivos.
Segundo o sindicato, cerca de 320 pessoas vão ficar sem emprego a 31 de Outubro, quando os contratos expirarem.
Os trabalhadores exigem também o pagamento de salários atrasados, que estimam rondar cinco milhões de euros, por um período de dois anos.
"A lei não nos autoriza a renovar estes contratos", afirmou na quarta-feira um responsável do Ministério da Cultura.
O secretário de Estado da Cultura, Telemachos Hytiris, afirmou à rádio Flash que falará com os manifestantes, salientando que o governo não pode ir contra a lei para ajudar estes trabalhadores.
"Milhares de assalariados a termo certo perderam o emprego, a lei aplica-se a todos", disse. "Não podemos prometer-lhes empregos definitivos", frisou.
O Governo grego impôs, desde o início do ano, medidas de austeridade que implicaram cortes nas despesas públicas e congelamento de novos contratos na função pública.
Estas medidas surgiram após a crise de dívida pública que obrigou o país a recorrer ao auxílio do Fundo Monetário Internacional (FMI) e à União Europeia (UE).
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