Dirigentes, delegados sindicais e membros de comissões de trabalhadores vão realizar, dia 27, uma manifestação «contra o roubo dos salários», em Lisboa, na Estação Sul-Sueste.
Esta acção, junto ao Terreiro do Paço, a partir das 14 horas, deverá reunir activistas e representantes dos trabalhadores das empresas de transportes e comunicações, como adiantou o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário, num comunicado em distribuição anteontem.
O SNTSF/CGTP-IN explicou que, com esta acção pretende-se reivindicar o aumento do poder de compra dos trabalhadores, a defesa dos postos de trabalho no sector, o direito à negociação colectiva e o fim do trabalho precário. Repudiar as privatizações é outro objectivo da concentração, que pretende também contribuir para a mobilização, apoio e participação na greve geral de 24 de Novembro.
Através das medidas recentemente anunciadas pelo Governo, de redução de salários e de cortes e supressão de um conjunto de direitos e de apoios sociais fundamentais aos trabalhadores e aos pensionistas, o sindicato considerou que o executivo PS «proclamou uma nova fase de guerra contra os trabalhadores».
Vitórias e lutas
Foi anulada a greve na REFER em Coimbra. Depois de o SNTSF ter avançado com o pré-aviso para uma greve provocada pela redução de efectivos, após a reabertura do serviço entre as duas estações daquela cidade, a administração cedeu e aceitou discutir o problema. A REFER procedeu ao reforço de trabalhadores e à alteração de procedimentos, decisões que eram reivindicadas pelos trabalhadores e o seu sindicato. Por resolver ficou a situação dos que foram transferidos. No caso de reabertura dos locais de trabalho extintos, esses trabalhadores devem ter prioridade na colocação, como consta do Acordo de Empresa, lembrou o sindicato.
Na CP-Regional, o sindicato retirou o pré-aviso de greve depois de a direcção dos recursos humanos se ter comprometido a alterar as escalas de serviço nas rotações em Aveiro e a criar ali mais um turno. Também garantiu, na mesma reunião com o SNTSF, que elaborará, de raiz, uma nova escala para Campanhã, tendo em conta os intervalos para refeição. Os repousos consecutivos fora da sede, na escala de Faro, e os serviços foram conjugados «de forma mais conveniente para os trabalhadores».
Na CP-Carga, o sindicato também entregou um pré-aviso de greve que prevê iniciar dia 21, e prolongar até 30 de Novembro. Os trabalhadores maquinistas recusam ser escalados e obrigados ao desempenho de funções que não são as suas, como a de operador de apoio, em substituição destes. Por isso, rejeitam conduzir comboios ou marchas, sempre que estejam acompanhados por maquinistas a desempenhar as funções de operador de apoio. «A cada trabalhador compete o exercício das funções inerentes à sua categoria profissional», lembrou o sindicato.
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