O sindicalista Miguel Moreira exemplifica com o facto de ter sido feita uma “transferência de 60 milhões de euros para a casa-mãe”, na Alemanha, quando a empresa portuguesa "já estava com problemas financeiros".
Algo que o representante do STIEN não entende, sobretudo numa unidade que teve um “forte” apoio por parte do Estado português.
"O Estado escondeu o jogo, ou então, se calhar, não sabia mesmo nada do que se passava", frisou.
Mas, Miguel Moreira sublinha que os problemas na fábrica de Vila do Conde foram anteriores ao processo de insolvência, reportando-se, mais concretamente, a 2007.
“Tudo começou quando a administração mudou os turnos de oito para 12 horas e, nessa altura, foram despedidas mais de 100 pessoas”, explicou o sindicalista.
"A queda da Qimonda começou nessa altura", recordou.
Em relação ao futuro, Miguel Moreira teme que seja igual ao passado recente em que “surgiram muitos investidores, muitas soluções”, mas “nada resultou”.
Apesar de querer acreditar que a Qimonda vai voltar a laborar, Miguel Moreira teme que “nunca mais volte a ser aquilo que já foi”, uma empresa que era “referência nacional”.
Aliás, e o facto de também agora os turnos terem passado, novamente, para as 12 horas, é visto pelo sindicalista como uma forma “de desgastar os cerca de 200 funcionários que restam”, de uma unidade que já teve quase 2000 pessoas ao serviço, disse à Lusa.
Hoje, e quando pensa naquela fábrica, lamenta “todos os postos de trabalho que se foram perdendo” ao longo de cerca de 12 meses, num processo que foi sempre "um desfiar de problemas".
http://www.destak.pt/artigo/51463
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