A Kromberg & Schubert, em Guimarães, tem recebido centenas de milhares de euros para manter os postos de trabalho, mas anunciou mais um despedimento.
O caso foi revelado anteontem pelo STIENC/CGTP-IN, que, num plenário no dia 14, exortou os trabalhadores a indignarem-se e a não aceitarem «a farsa» do despedimento como um facto consumado.
O sindicato acusa o Governo de não ter «como prática entregar o dinheiro às empresas e depois fiscalizá-las» para averiguar se respeitam os compromissos.
Naquela empresa, do sector de material eléctrico e electrónico, tal não tem sucedido, acusa o sindicato, na nota que divulgou à comunicação social. A Kromberg recorreu a despedimentos colectivos em 2002 e em 2006, atingindo cerca de 200 trabalhadores. Em 2007, enviou para a Segurança Social documentos como se os trabalhadores estivessem em lay-off, embora continuassem na empresa «oito horas por dia e a fazer trabalho suplementar». A Segurança Social suportou a sua parte (70 por cento de dois terços do salário) e «só com a persistência do STIENC, junto das entidades fiscalizadoras, foi possível pôr fim a este roubo». Mas «ainda hoje, apesar dos vários pedidos de esclarecimento, não sabemos se a Kromberg devolveu à Segurança Social o dinheiro de um lay-off inexistente».
No passado dia 11, a empresa deu início a mais um despedimento colectivo, de 46 trabalhadores efectivos, e dispensou as mais de duas dezenas de trabalhadores a termo. Inclui no despedimento os delegados sindicais e os membros da Comissão de Trabalhadores.
Há trabalhadores incluídos no despedimento que têm mais de 200 dias de descanso compensatório por gozar, fruto do trabalho suplementar e da flexibilidade dos horários. A Kromberg, entre 2006 e 2009, tem contratado a termo muitas dezenas de trabalhadores e houve recurso desmesurado ao trabalho extraordinário.
«A empresa pretende é ver-se livre de todos os trabalhadores que reclamam a aplicação do contrato colectivo», acusa o STIENC.
http://www.avante.pt/noticia.asp?id=32198&area=4
À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.
21/01/2010
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