Os trabalhadores da Jado Ibéria, em Braga, manifestaram-se, ontem, quarta-feira, durante duas horas, em frente às portas da Segurança Social. A comissão de trabalhadores entregou um abaixo-assinado dando conta das preocupações.
Mais de cem funcionários da Jado Ibéria descerraram uma faixa dando conta da sua insatisfação pelo fim do contrato colectivo de trabalho. Os trabalhadores, através do porta-voz, Augusto Moreira, lamentaram "o total desinteresse da administração em dialogar connosco de forma a encontrar outras soluções para minimizar as perdas salariais".
Recorde-se que desde há quatro dias, um novo regime de lay-off impera na empresa, perdendo os trabalhadores, em média, cinco dias por mês de salário.
"Há um abuso sistemático do lay-off desde 2007 penalizando os trabalhadores com a redução de salário e consequente agravamento da sua situação económica e do seu agregado familiar". Por isso, uma das propostas é o pagamento de metade dos dias em que os trabalhadores estão parados: "porque é que só os trabalhadores é que têm que pagar a crise? Não pode a administração ser solidária numa altura difícil?" questiona Joaquim Braga, também da comissão de trabalhadores.
Em frente à Segurança Social e já com o apoio do recém-eleito deputado da CDU, Agostinho Lopes, os metalúrgicos exigiram à Segurança Social "a reposição imediata da equivalência de remunerações, evitando assim maiores prejuízos para os trabalhadores numa eventual baixa médica, desemprego ou reforma", referiu Augusto Moreira. O mesmo abaixo-assinado vai ser entregue na Autoridade para as Condições do Trabalho.
J.N. - 01.10.10
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