A porção dos alunos portugueses que detém competências consideradas excelentes na área das ciências, leitura e matemática é uma das mais baixas no quadro dos países da OCDE: apenas 4,6%, 5,7% e 3,1%, respectivamente, atingem esse patamar de exigência. Estes resultados colocam os jovens portugueses com idade entre os 15-16 anos, que completaram pelo menos seis anos do ensino formal, longe das classificações obtidas por indivíduos com o mesmo perfil etário e escolar de países como a Finlândia, Coreia do Sul, Nova Zelândia, Canadá, ou mesmo da média da OCDE.
A porção de mulheres e homens que registaram performances de excelência nas três áreas mencionadas são semelhantes: 4,1% contra 3,9%, respectivamente; por outro lado, 17,3% das mulheres e 18,6% dos homens obtiveram esse tipo de classificação em pelo menos uma das três áreas. Existem, porém, diferenças significativas nas classificações excelentes de homens e mulheres de acordo com a área de conhecimento: a percentagem de homens que obtiveram resultados excelentes a matemática e a ciências foi superior à das mulheres, enquanto estas se destacam ao nível das competências de leitura.
Segundo o relatório, cerca de um quarto dos jovens que obtiveram classificações excelentes na área das ciências são provenientes de famílias com recursos escolares e económicos abaixo da média nacional. Em Portugal, tal como no Luxemburgo, Grécia, França e Estados Unidos, mais de 80,0% dos jovens com competências excelentes nessa área de conhecimento são oriundos de famílias favorecidas no contexto nacional.
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