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09/03/2009

Portugueses pedem cada vez mais ajuda para comer

Numa altura de crise económica, em que, para muitos portugueses, o dinheiro estica cada vez menos, quando não é a renda de casa que fica por pagar, é a comida que não chega à mesa. São estes que, cada vez mais, pedem apoio à Cáritas, que não tem mãos a medir com tantas solicitações.

De norte a sul do País, ilhas incluídas, as Cáritas Diocesanas «têm aumentado significativamente os pedidos de ajuda da classe média/baixa, de famílias que, de súbito, ficam no desemprego, fruto da crise que não cessa», confirmou à Lusa o seu presidente, Eugénio Fonseca.

Dificuldades a crescer

Às situações de extrema pobreza que, na Diocese de Beja, a assistente social Ana Soeiro dá conta, juntam-se outros, também com dificuldades, que procuram auxílio. Os números ajudam a confirmar a tendência. Enquanto, em 2007, o refeitório social da associação serviu 32 366 refeições a quem delas precisou, no ano passado foram 41 690, quase mais dez mil. «E só este ano, de Janeiro para Fevereiro, já houve mais quatro mil pedidos», refere Ana Soeiro.

Em Braga, a situação não é diferente, reforçando a certeza de José Carlos Dias, presidente da Cáritas local, de que a instituição vai ajudar, este ano, muito mais do que os 715 agregados familiares que receberam apoio no ano passado.

Missão: ajudar

A Cáritas Portuguesa é uma instituição oficial da Conferência Episcopal, que tem como principal objectivo promover e dinamizar a acção social da Igreja Católica. A ideia é ajudar todos os que são «atingidos por qualquer forma de exclusão ou emergência, sem olhar a crenças, culturas, etnias ou origem».

Destak.pt - 09.03.09

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