A fábrica de móveis Cartel confirmou esta segunda-feira junto dos trinta trabalhadores da empresa que suspendeu a laboração da unidade, no sítio do vale ao disco no Fundão.
Ao fim de 37 anos de trabalho, aquela que chegou a ser uma das mais credenciadas empresas do concelho do Fundão prepara-se para avançar com um pedido de insolvência, disse hoje aos trabalhadores um dos accionistas da sociedade por quotas. Num plenário improvisado à porta da Cartel, os cerca de trinta trabalhadores ouviram as explicações de Luís Carvalho que manifestou apreensão quanto ao futuro da empresa e sublinhou a vontade de “recuperar a fábrica e manter alguns postos de trabalho”, isto apesar das dificuldades em encontrar financiamento bancário, explicou o empresário que deposita na insolvência da Cartel a última esperança para uma unidade que segundo Luís Carvalho tem mais património do que dividas (“o pavilhão onde está a cartel foi avaliado pelas finanças em 800 mil euros”).
Os trabalhadores é que já não acreditam na recuperação da Cartel e esta segunda-feira de manhã à porta da fábrica não pouparam criticas à forma como os proprietários da Cartel não esclareceram os trabalhadores. Os trinta operários de marcenaria e venda de equipamentos de escritório foram informados na última sexta-feira, pelo advogado da Cartel, António Leal Salvado da situação da fábrica e à reportagem do Jornal do Fundão disseram que têm salários em atraso e que a Cartel também lhes deve os subsídios de Natal e de férias referentes a 2008.
Jornal do Fundão - 02.03.09
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