Várias empresas do sector dos lacticínios, principalmente as de produção de queijo, estão a reduzir os dias de trabalho semanal. Mais de 10 empresas já estão a trabalhar só dois ou três dias por semana, devido às dificuldades que enfrentam causadas pela entrada de produtos estrangeiros, criando excedentes no mercado, afirmou o secretário-geral da Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios, Pedro Pimentel.
Esta área de actividade é caracterizada por unidades de pequena dimensão, menos resistentes aos produtos importados, dificuldade agravada com a actual crise.
"Portugal é hoje mais afectado pela oferta de produtos estrangeiros a preços muito mais baixos", referiu Pedro Pimentel, especificando que são "principalmente as marcas de distribuição que compram leite e derivados lá fora".
A ANIL faz várias críticas ao Governo, como a falta de concretização da linha de crédito de 175 milhões de euros para a agricultura e agro-indústria.
O secretário de Estado Adjunto da Agricultura e Pescas, Luís Vieira, respondeu às críticas dizendo que o desconhecimento da indústria de lacticínios sobre o programa é explicado pelo facto de dirigir-se à produção. Por isso, o Governo começou por contactar a Fenalac (federação das associações de produtores de leite).
J.N. - 12.03.09
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