A EDP e a REN estão a utilizar a crise como argumento para limitar os próximos aumentos salariais a 1,4%. As empresas iniciaram ontem a ronda de negociações com os sindicatos para a revisão da tabela salarial, que apresentaram uma proposta de 7,75%.
“A negociação será difícil, porque a Comissão Negociadora do Grupo EDP e REN mostrou que as empresas pretendem usar o argumento da crise para evitarem que a sua óptima situação económico-financeira tenha um justo reflexo nos salários dos trabalhadores”, denuncia a federação intersindical Fiequimetal, em comunicado.
Na primeira reunião de negociação da revisão da tabela salarial, a Comissão Negociadora Sindical liderada pela Fiequimetal, apresentou uma proposta, de 7,75%, que contempla outras matérias de expressão pecuniária, e defendeu o aumento dos tectos dos turnos e folgas rotativas.
A CN do Grupo EDP e da REN contrapôs um aumento de 1,4%, justificando-o com a “crise”.
Os sindicatos consideram esta proposta das empresas “oportunista”, tendo em conta “os elevados lucros líquidos da EDP e REN, obtidos em 2007 e até ao 3º trimestre de 2008, o aumento médio, de 4,9%, do tarifário aos clientes e os compromissos assumidos pela EDP perante os accionistas de garantir o aumento dos lucros até 2012, bem como o contínuo aumento dos dividendos, independentemente da crise”, segundo o comunicado
A próxima reunião para debater a revisão salarial da EDP e da REN vai realizar-se no próximo dia 11 de Fevereiro.
Jornal de Negócios - Tânia Ferreira - 05.02.09
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