José Manuel Rocha
Com o Estado a cortar nas obras públicas e os particulares a recuarem na iniciativa de trocar ou comprar casa nova, o sector da construção agrava o quadro da recessão.
E, ontem, o INE confirmou o mau momento que a actividade atravessa, ao revelar um recuo homólogo de 10,4 no índice de produção, em Maio.
Esta quebra é a segunda maior no espaço de um ano, apenas batida pelos 10,9 por cento apurados pelo Instituto Nacional de Estatística para o passado mês de Novembro. Em Abril, a tendência tinha sido também de retrocesso, embora menos intenso - de 8,9 por cento.
O agravamento do quadro real do sector "foi particularmente intenso no segmento de engenharia civil, que passou de uma variação homóloga de -7,9, em Abril, para -10,3 por cento, no passado mês de Maio", assinala o INE. Já na área da construção de edifícios, a variação homóloga foi de 10,6 por cento, ou seja, apenas 0,6 décimas acima do que tinha sido verificado no mês precedente.
A situação de recessão no sector da construção é uma das vertentes concretas da crise económica. Do lado das obras públicas, o investimento em rodovia está praticamente ao nível zero e as empreitadas que o projecto de reabilitação do parque escolar colocou no terreno estão em fase de conclusão. O lançamento de novos projectos foi congelado pela situação de emergência nas contas públicas. Para os particulares, a situação é também de forte incerteza, com o aumento do desemprego e as perspectivas de redução do rendimento das famílias a condicionarem a opção de aquisição de uma nova casa.
Os dados do Banco de Portugal mostram que, em Maio, o valor acumulado de empréstimos a particulares diminuiu em 198 milhões, atingindo 141.795 milhões de euros.
No crédito ao consumo, o valor total de empréstimos dados pelos bancos atingiu os 15.324 euros, enquanto o crédito à habitação ascendeu a 114.416 milhões. Tanto num caso como no outro, houve uma diminuição face ao mês anterior.
Salários caem 9,7 por cento
O destaque ontem divulgado pelo Instituti Nacional de Estatística mostra, por outro lado, que as remunerações pagas pelo sector da construção caíram 9,7 por cento face a Maio do ano passado. A variação tinha sido de -4,3 por cento em Abril. "Esta diminuição poderá estar parcialmente relacionada com o pagamento de prémios face a Maio de 2010", sustenta o INE. O emprego reduziu ligeiramente o ritmo de perda, em Maio.
Esta quebra é a segunda maior no espaço de um ano, apenas batida pelos 10,9 por cento apurados pelo Instituto Nacional de Estatística para o passado mês de Novembro. Em Abril, a tendência tinha sido também de retrocesso, embora menos intenso - de 8,9 por cento.
O agravamento do quadro real do sector "foi particularmente intenso no segmento de engenharia civil, que passou de uma variação homóloga de -7,9, em Abril, para -10,3 por cento, no passado mês de Maio", assinala o INE. Já na área da construção de edifícios, a variação homóloga foi de 10,6 por cento, ou seja, apenas 0,6 décimas acima do que tinha sido verificado no mês precedente.
A situação de recessão no sector da construção é uma das vertentes concretas da crise económica. Do lado das obras públicas, o investimento em rodovia está praticamente ao nível zero e as empreitadas que o projecto de reabilitação do parque escolar colocou no terreno estão em fase de conclusão. O lançamento de novos projectos foi congelado pela situação de emergência nas contas públicas. Para os particulares, a situação é também de forte incerteza, com o aumento do desemprego e as perspectivas de redução do rendimento das famílias a condicionarem a opção de aquisição de uma nova casa.
Os dados do Banco de Portugal mostram que, em Maio, o valor acumulado de empréstimos a particulares diminuiu em 198 milhões, atingindo 141.795 milhões de euros.
No crédito ao consumo, o valor total de empréstimos dados pelos bancos atingiu os 15.324 euros, enquanto o crédito à habitação ascendeu a 114.416 milhões. Tanto num caso como no outro, houve uma diminuição face ao mês anterior.
Salários caem 9,7 por cento
O destaque ontem divulgado pelo Instituti Nacional de Estatística mostra, por outro lado, que as remunerações pagas pelo sector da construção caíram 9,7 por cento face a Maio do ano passado. A variação tinha sido de -4,3 por cento em Abril. "Esta diminuição poderá estar parcialmente relacionada com o pagamento de prémios face a Maio de 2010", sustenta o INE. O emprego reduziu ligeiramente o ritmo de perda, em Maio.
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