O secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, considerou hoje que as políticas de austeridade que estão a ser seguidas vão conduzir o país à recessão e ao retrocesso social e vão comprometer o futuro dos portugueses.
"As políticas que estão a ser seguidas pelo Governo, que correspondem ao que foi determinado pela 'troika internacional', embora de forma mais aprofundada e mais agravadas, só nos conduzirão a mais recessão e retrocesso", criticou Carvalho da Silva, perante os milhares de manifestantes que se concentraram junto à Assembleia da República.
O sindicalista condenou os "sacrifícios que estão a ser pedidos aos trabalhores", mas que não são aplicados aos rendimentos provenientes da "especulação financeira", referindo-se ao imposto extraordinário que vai ser aplicado ao 13. mês.
"Parece que o dinheiro ganho com o trabalho é menos digno do que aquele que é ganho através da especulação financeira", disse.
O líder da Intersindical lançou a proposta de que, em alternativa, se combata a economia clandestina, o que renderia cerca de 30 mil milhões de euros ao ano.
"Mesmo que só se conseguisse atingir metade já não seria preciso impor mais sacrificios aos trabalhadores e pensionistas", afirmou.
Aos jornalistas, no final do protesto, Carvalho da Silva disse que até os trabalhadores que ganham o Salário Mínimo Nacional (SMN) estão a ser sacrificados, apesar de o Governo dizer que não serão abrangidos pelo imposto extraordinário.
Segundo sindicalista os trabalhadores que auferem o SMN (485 euros) perdem este ano 210 euros porque não foi cumprido o acordo de concertação social que previa a fixação desta remuneração nos 500 euros a 1 de janeiro de 2011.
Os manifestantes que se concentraram junto à Assembleia da República aprovaram uma resolução em que prometem continuar a lutar contra o imposto extraordinário, a descida da Taxa Social Única e a revisão da legislação laboral.
http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/portugal2011/2011/07/14/cgtp-considera-que-medidas-de-austeridade-levam-pais-a-recessao-e-retrocesso-social
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