A Europa une-se na quarta feira numa jornada de luta que culmina com uma grande manifestação em Bruxelas, com a CGTP, em Portugal, a preparar greves setoriais e concentrações em Lisboa e Porto para o mesmo dia.
Organizada pela Confederação Europeia de Sindicatos (CES), o protesto decorrerá dia 29 e juntará em Bruxelas delegações de todos os países sob o lema "No to Austerity" (Não à austeridade), no mesmo dia em que decorre um encontro de ministros das finanças europeus.
Além da manifestação em Bruxelas, onde são esperados mais de 100 mil sindicalistas europeus, Portugal, a Letónia, a Lituânia, a República Checa, o Chipre, a Sérvia, a Roménia, a Polónia e a Irlanda organizarão ações de luta próprias.
Em Espanha, os dois grandes sindicatos convocaram uma greve geral para o mesmo dia em protesto contra a reforma do mercado de trabalho que está a ser preparada pelo Governo.
De Portugal sairão quatro delegações: das duas centrais sindicais, UGT e CGTP, e ainda do Sindicato Nacional da Polícia e da Associação de Profssionais da GNR da Guarda.
O número reduzido da CGTP em Bruxelas - duas pessoas - prende-se com o facto de a Intersindical estar igualmente a preparar uma jornada de luta por todo o país, no mesmo dia, que inclui greves e concentrações e Lisboa e no Porto em defesa do emprego, salários e serviços público.
"Vivemos um tempo em que, enquanto o Governo privilegia o discurso otimista da irrealidade e o patronato retira o máximo proveito da situação, o país continua a degradar-se económica e socialmente", refere o manifesto da CGTP.
No documento, em que a central sindical sublinha a necessidade de "políticas alternativas", refere-se que o aumento dos salários é "um imperativo nacional", assim como o combate ao desemprego, a criação de emprego e a proteção dos carenciados para garantir a justiça social.
A sul de Leiria, os manifestantes concentrar-se-ão em Lisboa, no Marquês de Pombal, enquanto a norte de Coimbra, o ponto de encontro ocorrerá no Porto (na Praça dos Leões e Batalha).
Até lá, de acordo com a CGTP, que cumpre a 01 de outubro 40 anos, têm sido feitos plenários para levantamento dos problemas de cada setor e apelo à participação na manifestação.
A CES foi fundadada em 1973 e representa 82 organizações de 36 países.
O protesto acontece no mesmo dia em que o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso comprometeu-se a apresentar propostas legislativas mais urgentes, acreditando que os governos nacionais aceitem agora a aprovação de mais medidas no sentido de sancionar os países que não cumprem as regras dos 27 de política orçamental.
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