Milhares de estudantes marcharam ontem em Lisboa para pedir mais acção social e apoio para as instituições
Milhares de estudantes universitários juntaram-se ontem para marcham à tarde em Lisboa entre a Cidade Universitária e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
O objectivo dos universitários era demonstrar o protesto contra a falta de financiamento no sector.
Além de reclamar mais financiamento para as instituições, os estudantes exigem ainda o alargamento da Acção Social Escolar.
A manifestação reuniu estudantes de Lisboa, Coimbra e do Minho, que estão a protestar também contra a política de atribuição de bolsas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior liderado por Mariano Gago. E entre as diversas palavras de ordem que os manifestantes gritavam ouviam-se frases como"as propinas do Gago eu não pago" e "está na hora, está na hora do Gago se ir embora".
O vice-presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Direito de Lisboa, Armando Rosa, disse à Lusa que "há estudantes a passar fome" por não lhes ter sido atribuída bolsa". Essa situação, de acordo com o dirigente associativo, leva a que muitos estudantes tenham de pagar os mil euros das propinas, e depois não tenham dinheiro para viver.
Além disso, acrescenta Armando Rosa, há várias instituições de Ensino Superior que estão a funcionar "sem condições" necessárias apenas por falta de dinheiro e apoio financeiro.
Para os universitários, a falta de financiamento do Ensino Superior, quer das universidades, quer dos institutos politécnicos está a impedir que, em Portugal, haja "qualidade e universalidade" .
Os jovens estudantes garantem ainda que o sector está a ficar degradado e que, devido a uma política de desinvestimento sucessivo por parte do Governo socialista, as faculdades vivem neste momento uma verdadeira crise de financiamento.
O Processo de Bolonha, que tornou compatíveis os cursos superiores em vários países europeus, foi também contestado pelos universitários que ontem fizeram esta marcha. Os estudantes classificaram o processo de Bolonha como "uma vergonha" e apelaram a mudanças rápidas.
D.N. - 18.11.09
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