Depois de mais uma reunião com a admnistração da STCP, no passado dia 5, de onde "não saiu nenhum acordo", os trabalhadores decidiram, ontem, quarta-feira, em plenário, voltar à greve, que só deve terminar no final do ano.
Serão 28 dias, a começar a partir do próximo dia 5, onde os motoristas vão cumprir "períodos de greve em permanência", e onde o horário mais afectado será "a partir do meio-dia até às duas da tarde e as das 19 horas até às 20.30 horas", afirmou, ao JN, Jorge Costa, dirigente do Sindicato Nacional dos Motoristas.
Na prática, os autocarros que circulam na Área Metropolitana do Porto vão parar três horas e meia por dia em pleno ciclo de "datas festivas", podendo causar sobretudo transtorno durante a hora de ponta do final do dia.
"Serão dadas orientações aos trabalhadores no sentido de gerirem os períodos de greve em função do seu serviço e de ultrapassarem ou não a média das 40 horas semanais. Sendo que devem fazer greve, legalizada, a todas as linhas, nestes dias estipulados e essencialmente no final dos períodos de cada turno", explicou o sindicalista.
Outra das intenções dos trabalhadores da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) é entregar na Secretaria de Estado dos Transportes, em Lisboa, um dossiê com as suas reivindicações. Porém, ainda falta "definir o dia".
Jorge Costa explicou ainda que a comissão de trabalhadores havia suspenso qualquer tipo acção, porque tinha aceite o desafio lançado pela administração para reunir. Porém, desse encontro "não saiu nada", afirmou.
"Disseram-nos que mantinham a situação, porque estava tudo legal. Não queremos gerir a STCP, mas sim que a administração cumpra o acordo da empresa, que está a ser violado, nomeadamente em matéria de organização dos horários de trabalho", sublinhou. Consciente do impacto que esta greve poderá ter - dada a sua extensão e também "atendendo a que se desenrola durante um período de datas festivas" -, o sindicalista reiterou, ainda assim, que espera "ser possível evitar" esta situação.
Basta para isso "a administração da STCP encontrar uma plataforma de consenso com os trabalhadores", concluiu.
O JN contactou a administração da STCP a fim de obter uma reacção às declarações proferidas pelo sindicalista Jorge Costa e perceber se a empresa está disposta a encontrar a sugerida "plataforma de consenso". Todavia, da parte da STCP ninguém quis tecer qualquer comentário.
J.N. -19.11.09
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