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16/11/2009

Plano de viabilização da Rohde "não é exequível"

A coordenadora do Sindicato dos Operários da Indústria do Calçado, Fernanda Moreira, disse hoje que o plano de viabilização da Rohde apresentado na passada semana "não é exequivel" e a única solução parece ser o fecho da empresa.

Em declarações à Lusa, Fernanda Moreira adiantou que o sindicato está a tentar saber junto dos administradores se há disponibilidade para fazer alterações ao plano e se é possível adiar a assembleia de credores, marcada para sexta-feira, dia 20, onde vai ser votado o documento.

"Se estes dois pontos não forem aceites então vamos transmitir aos nossos associados que, no nosso entender, o plano não é viavel, não restando outra alternativa que não seja o fecho da empresa", adiantou a dirigente sindical.

Segundo Fernanda Moreira, os únicos credores da Rohde são os trabalhadores da empresa, sendo que o Sindicato dos Operários da Indústria do Calçado "reclamou créditos de 827 funcionários, que totalizam mais de 13 milhões de euros".

Já hoje o secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento reiterou a disponibilidade do Ministério em apoiar a empresa de calçado de Santa Maria da Feira, mas apenas se esta tiver viabilidade económica.

O plano apresentado pelos administradores da Rohde prevê o despedimento de 400 a 450 trabalhadores, dos actuais 984, e a transformação da empresa numa sociedade anónima com um capital social mínimo de um milhão de euros.

Os trabalhadores da Rohde, enquanto credores, poderão participar como sócios através da conversão dos seus créditos em capital social.

Na Rohde, há cerca de 800 trabalhadores em 'lay-off' até ao final desta semana, quando será decidido o futuro da empresa de calçado na assembleia de credores, no âmbito do processo de insolvência.

D.N. - 16.11.09

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