O crescimento efectivo da população em Portugal "está muito dependente da imigração e os números relativos à natalidade dos anos de 2009 e 2010 serão muito afectados pela crise, afirma o demógrafo Mário Bandeira.
Face aos números ontem divulgados pelo INE, o presidente da Associação Portuguesa de Demografia considera que "o nosso crescimento está muito dependente da imigração", frisou.
Mário Bandeira recorda, ainda, que "tinha havido notícias que o teste dos pézinhos dava a entender que, em 2008, íamos ter pela primeira vez menos de 100 mil nascimentos, o que não se confirmou".
Quando à subida da fecundidade para 1,37 crianças por mulher em vez dos 1,33 de 2007, o demógrafo considera que ela "não é significativa".
O especialista antecipa que a crise económica actual poderá ter consequências nefastas para os números do corrente ano e do ano que se segue. "O ano de 2009 deverá ser pior que 2008 e 2010 pior que 2009", já que "o período de crise, instabilidade e desemprego afectará as decisões de muitos casais", vaticina. "Haverá uma contenção maior, o que provavelmente se traduzirá numa descida da natalidade", previu.
J.N. - 11.11.09
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