A CGTP-IN insiste em salientar a contradição entre os sacrifícios impostos aos trabalhadores, a pretexto da contenção orçamental, e os muitos milhões de euros aparecidos de repente para servir os interesses dos grupos económicos.
A exigência de «mudar de rumo», para uma política que assegure mais emprego, mais direitos e melhores salários, que foi a principal mensagem da grande manifestação de 13 de Março, prolongou-se nas tribunas públicas regionais, que a central levou a cabo desde dia 2 e que terminaram, na quarta-feira, dia 8, frente ao Ministério do Trabalho, juntando representantes de trabalhadores dos distritos de Lisboa, Santarém e Setúbal.
No último Plenário Nacional de Sindicatos, a central chamou a atenção para duas diferentes posturas do Governo do PS e de José Sócrates: primeiro, com o argumento de não haver dinheiro no OE, impuseram sacrifícios aos trabalhadores; agora, já há milhares de milhões de euros, para servir interesses dos grupos económicos e financeiros – ideia que surge igualmente no manifesto para o 1.º de Maio.
Ou seja, referia-se na resolução do Plenário, de 1 de Abril: «O dinheiro que falta sempre para desenvolver o sector produtivo, para promover serviços públicos de qualidade e para desenvolver políticas que reduzam o défice externo, aparece de repente para, em nome da defesa do emprego e das empresas, mas sem uma visão estratégica de desenvolvimento económico e social, sem planos concretos e controlados, sem participação e fiscalização adequadas e sem contrapartidas garantidas, ser entregue a empresários, que, em muitos casos, foram os causadores da crise, e a milionários, que ao longo de anos se auto-remuneraram com prémios e retribuições absolutamente escandalosos».
De manhã, no mesmo local, tinham estado representantes dos trabalhadores das indústrias metalúrgica, metalomecânica, eléctrica, química e automóvel - uma acção da Fiequimetal/CGTP-IN, para protestar contra a cobertura que o ministro continua a dar ao patronato, permitindo o boicote na contratação colectiva e facilitando a caducidade das convenções, para pôr em causa os direitos dos trabalhadores, tal como fez com a revisão do Código do Trabalho. Há dois anos que os sindicatos têm vindo a solicitar reuniões com Vieira da Silva. Este ainda não respondeu, mas tem recebido empresas e associações patronais, com quem tem firmado acordos.
Avante! - 16.04.09
À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.
16/04/2009
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