Empresa anunciou dispença de 10 mil trabalhadores a nível mundial Os cerca de 200 trabalhadores da Pioneer no Seixal, fábrica da empresa japonesa que produz rádios para automóveis, estão à espera de uma decisão da casa-mãe para saber se haverá ou não despedimentos naquela unidade. A empresa nipónica anunciou ontem que vai suprimir dez mil empregos em todo o mundo e transformar-se numa empresa de produtos electrónicos para automóvel, fechando outros sectores de actividade.
Em declarações ao DN, Lurdes Pedro, directora de recursos humanos da Pioneer, afirmou que não tem ainda informação sobre se os despedimentos afectarão Portugal. "Não temos qualquer informação nesse sentido. Já nos foi dito que há um plano, mas tão cedo não saberemos", diz a responsável, que ontem de manhã se reuniu com os trabalhadores. "Eles estão expectantes, aguardam uma decisão com confiança", acrescenta Lurdes Pedro.
Na área comercial da Pioneer em Portugal, que emprega 19 pessoas, não haverá despedimentos, garantiu à Lusa Carlos Valente, responsável por este departamento em Portugal. Apesar de não ter responsabilidades na unidade fabril, o responsável acredita que esta vai manter-se, já que o anúncio do presidente do grupo no Japão tem que ver com o abandono da comercialização e produção de ecrãs em Março de 2010.
"O que foi apresentado foram os resultados do terceiro trimestre e foi apresentado que implicará dez mil postos de trabalho incluindo nove fábricas das 30 que temos. O que podemos antever é que estarão relacionadas com a área de televisões e não de car audio, que é uma área que se pretende reforçar", avançou Carlos Valente.
Ao mesmo tempo, a Pioneer pretende reforçar o negócio na linha de rádios para automóveis (o ramo de actividade da fábrica de Seixal) e a continuação na área de design e de-senvolvimento dos outros produtos para DJ, VJ e também de apoio na linha aúdio para casa. "Tudo indica que haverá a manutenção da operação em Portugal e a fábrica da Pioneer é a única existente na Europa. Em princípio, existe a perspectiva de manutenção do negócio em Portugal", disse o responsável.
Por seu lado, Lurdes Pedro, directora de recursos humanos da empresa, avança que a fábrica "sempre teve bons resultados". "Este ano é o primeiro em que vai apresentar resultados negativos, devido à conjuntura económica mundial", acrescenta a responsável.
D.N. - Maria João Espadinha - 13.02.09
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