Líder da instituição diz que situação é dramática A Cáritas está a receber centenas de pedidos de apoio de pessoas desempregadas ou com salários em atraso que não conseguem pagar as dívidas e estão à beira de ficar sem casa. Um fenómeno novo que começou no ano passado, atinge mais o norte do País, e ao qual as cáritas diocesanas não estão a conseguir dar resposta.
"As famílias vêm à procura de ajuda financeira para amortizar os empréstimos contraídos na habitação", disse ao DN Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas - que este fim-de-semana se reuniu em Fátima. Segundo o líder da instituição, as famílias que pedem auxílio chegam com muitas prestações em atraso, quando as cobranças começam a cair, e às vezes sem nada para comer porque todo o dinheiro foi para colmatar dívidas: "Mas esse apoio nenhuma instituição consegue dar."
Eugénio Fonseca explica que não são famílias pobres e desorganizadas, mas pessoas que nunca foram a um atendimento e só precisam de uma ajuda pontual até se organizarem. Para evitar que caiam na miséria, devem ser apoiadas no pagamento dos seus empréstimos, defende a Cáritas. "A situação é dramática. O Governo devia criar uma linha de crédito para apoiar situações comprovadas de quem perdeu o posto de trabalho. O Estado podia ser fiador e partilhar a responsabilidade com os bancos", diz Eugénio Fonseca, lembrando que a habitação é um direito elementar. Além disso, defende, mais tarde ou mais cedo estas pessoas representarão enormes despesas para o Estado, pois necessitarão de cuidados de saúde - muitas entram em depressão -, de uma habitação social e de mais apoio social.
D. N. - Rita Carvalho - 10.02.09
À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.
10/02/2009
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