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11/04/2011

Médicos estão a trabalhar para lá do limite, denuncia sindicato

O número de horas extraordinárias, permitido por lei, está a ser excedido, o que pode por em causa da saúde dos doentes e dos médicos. A denúncia é do sindicato dos médicos da zona Sul.

Nos hospitais Garcia de Orta, em Almada, e Curry Cabral, em Lisboa, vários médicos atingiram, no primeiro trimestre do ano, o limite de horas extraordinárias fixado por lei para todo o ano.
Pilar Vicente , vice-presidente do sindicato dos médicos da zona Sul, disse à TSF que os médicos são forçados a trabalhar para lá do limite e são ameaçados.
A vice-presidente do sindicato refere que pode estar em causa a saúde dos doentes e dos próprios clínicos. Pilar Vicente admitiu, por isso, pedir uma inspecção à Autoridade das Condições de Trabalho.
Contactado pela TSF, o hospital Garcia da Orta reconheceu os constrangimentos, mas disse também que as escalas estão asseguradas.
Sem querer gravar declarações, a administração do hospital, em Almada garantiu o normal funcionamento do Garcia de Orta.
O mesmo é afirmado pelo Curry Cabral. A administração deste hospital assegura que as escalas estão asseguradas para os próximos meses e que em relação ao ano passado, os médicos até têm feito menos horas extraordinárias.
Já o sindicato independente dos médicos da região Norte reconhece que se os hospitais não recorressem às horas extraordinárias muitos serviços teriam que fechar.
Mas Jorge Silva sublinha também que ultrapassar o limite das horas extraordinárias é uma prática ilegal.
A TSF quis saber também o que pensa o presidente da Associação de Administradores Hospitalares, Pedro Lopes, que admitiu carências de médicos e avisa que o problema não ficará resolvido, pelo menos até 2014.
Ainda assim, Pedro Lopes tranquiliza os utentes dos hospitais.
Recentemente confrontada com o facto de muitos médicos estarem a ultrapassar o limite de horas extraordinárias permitido por lei, a ministra da Saúde dizia que nada é imposto aos clínicos.
Por norma, os médicos colaboram e aceitam ultrapassar o limite das 200 horas. 

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1827677&page=-1

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