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12/04/2011

FENPROF exorta professores a impugnarem cortes salariais

O secretário-geral da FENPROF exortou hoje os professores a contestar judicialmente o corte dos salários, afirmando que no primeiro trimestre do corrente ano "o roubo" atingiu já os 31 milhões de euros.

Mário Nogueira, que hoje se dirigiu ao Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra para entregar 606 processos de contestação aos cortes salariais, salientou que aquele montante não contempla os cortes que também foram efetuados aos docentes do ensino superior.
"Já contribuíram com 31 milhões de euros para o défice, roubado dos seus salários. Preparam-se para, até ao final do ano, se o FMI não vier impor outras medidas mais, de [contribuir com] 130 milhões de euros", sublinhou.
A esta situação acresce o previsível lançamento no desemprego de 20 a 30 mil professores a partir de setembro, afirmou.
Para o dirigente sindical, "está provado que não é com este contributo à força, a que os professores estão a ser sujeitos, que não é por aí, que o problema se resolve", porque "a situação do país agravou-se".
"Hoje, o que queremos aqui dizer, é que as pessoas não podem resignar-se, não podem dar como inevitável a vinda destes abutres que vêm à procura da carne", afirmou Mário Nogueira, reportando-se à presença no país de representantes do FMI (Fundo Monetário Internacional).
Na sua perspetiva, "há outras soluções, e as soluções não podem ser os mesmos de sempre a esmagar sempre os mesmos".
"Nós queremos dizer ao FMI, ao Governo português, que não é por aí que queremos ir. Não nos vamos calar, vamos contestar. Este ato de revolta tem de se multiplicar", observou.
Para o coordenador da FENPROF, "neste momento protestar é mais do que um ato cívico, é até um ato patriótico".

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1828705&page=-1

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