Ana Machado
A demissão da jornalista Sofia Branco do cargo de editora da noite da agência Lusa, por se ter recusado a editar uma notícia sobre a reacção de José Sócrates a críticas do presidente do grupo Jerónimo Martins, em Fevereiro passado, fez com que o Conselho de Redacção da agência decidisse avançar com uma queixa na Entidade Reguladora da Comunicação.
O caso, divulgado ontem pelo Correio da Manhã, remonta a 18 de Fevereiro, quando a jornalista se recusou a editar um artigo sobre as reacções de Sócrates às declarações de Alexandre Soares dos Santos. O responsável do grupo Jerónimo Martins criticava a postura do executivo de José Sócrates, acusando-o de encapotar as consequências da crise.
“Os truques é o Sócrates [que faz] não sou eu. Não vale a pena continuar a mentir. Não vale a pena pedir sacrifícios sem dizer a verdade. Não adianta negar que estamos em recessão”, dissera Soares dos Santos durante uma apresentação de contas.
No dia seguinte José Sócrates reagiu a estas duras declarações, tendo sido citado por vários órgãos de comunicação social: “Não é minha função dar lições de boa educação. Não basta ser rico para ser bem-educado”, afirmou então o primeiro-ministro em declarações à RTP durante um acto público.
Mas conta o Correio da Manhã que já no dia antes as declarações do primeiro-ministro tinham chegado à agência por intermédio de um assessor de Sócrates e que a jornalista terá recusado editar essas declarações, o que motivou a demissão por quebra de confiança.
Tanto a profissional em causa como o Conselho de Redacção, contactados pelo PÚBLICO, decidiram manter o caso apenas ao nível do debate interno da empresa estatal. O PÚBLICO também não conseguiu contactar o director de informação.
Segundo o Correio da Manhã, as razões da despromoção da jornalista foram explicadas num comunicado do Conselho de Redacção que pensa encaminhar uma queixa na ERC e no Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas.
A direcção de informação da Lusa, coordenada por Luís Miguel Viana, tem estado sob a mira dos partidos mais à esquerda. Em 2008 o Bloco chamou Viana ao Parlamento para justificar críticas contra os seus critérios editoriais feitos em actas do Conselho de Redacção. E em Novembro de 2010 o PCP também pediu explicações sobre aquilo que dizia ser o “tratamento discriminatório” dos trabalhadores durante a greve geral de 24 de Novembro.
“Os truques é o Sócrates [que faz] não sou eu. Não vale a pena continuar a mentir. Não vale a pena pedir sacrifícios sem dizer a verdade. Não adianta negar que estamos em recessão”, dissera Soares dos Santos durante uma apresentação de contas.
No dia seguinte José Sócrates reagiu a estas duras declarações, tendo sido citado por vários órgãos de comunicação social: “Não é minha função dar lições de boa educação. Não basta ser rico para ser bem-educado”, afirmou então o primeiro-ministro em declarações à RTP durante um acto público.
Mas conta o Correio da Manhã que já no dia antes as declarações do primeiro-ministro tinham chegado à agência por intermédio de um assessor de Sócrates e que a jornalista terá recusado editar essas declarações, o que motivou a demissão por quebra de confiança.
Tanto a profissional em causa como o Conselho de Redacção, contactados pelo PÚBLICO, decidiram manter o caso apenas ao nível do debate interno da empresa estatal. O PÚBLICO também não conseguiu contactar o director de informação.
Segundo o Correio da Manhã, as razões da despromoção da jornalista foram explicadas num comunicado do Conselho de Redacção que pensa encaminhar uma queixa na ERC e no Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas.
A direcção de informação da Lusa, coordenada por Luís Miguel Viana, tem estado sob a mira dos partidos mais à esquerda. Em 2008 o Bloco chamou Viana ao Parlamento para justificar críticas contra os seus critérios editoriais feitos em actas do Conselho de Redacção. E em Novembro de 2010 o PCP também pediu explicações sobre aquilo que dizia ser o “tratamento discriminatório” dos trabalhadores durante a greve geral de 24 de Novembro.
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