De acordo com a Associação Portuguesa de Dispositivos Médicos (APORMED), o ex-Centro Hospitalar do Funchal, agora denominado Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira, apresenta um atraso de 1098 dias nos pagamentos aos fornecedores, à data de 31 de Dezembro de 2008, sendo o caso de maior atraso do sistema. Estima-se que o valor em dívida seja de pelo menos 9 milhões de euros.
?Estamos a acompanhar a situação da dívida hospitalar às empresas de dispositivos médicos, e nessa medida está a decorrer, neste momento, o nosso inquérito trimestral relativo à dívida do SNS do primeiro trimestre deste ano, de forma a identificar mais situações graves como a do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira?, salientou Humberto Costa, Secretário-Geral da APORMED.
Em declarações ao DN, Humberto Costa revelou ainda que, com base num inquérito feito a 20 empresas fornecedoras, a primeira estimativa da dívida atinge o valor de 9 milhões de euros.
O sector de dispositivos médicos é caracterizado por empresas que investem regular e fortemente na inovação, de forma a permitir a redução do peso económico da doença, reforça a presidente da APORMED. Este sector é distinto do sector farmacêutico, quer ao nível dos produtos quer ao nível da regulamentação europeia. Actualmente estão disponíveis mais de 11 mil dispositivos médicos em todo o mundo, entre equipamento hospitalar, cadeiras de rodas, estimuladores cardíacos, seringas, reagentes para determinação de gravidez, entre outros.
A APORMED é uma associação de âmbito nacional que representa os interesses comuns das empresas que integram o sector de produção e distribuição de tecnologias para a saúde. Actualmente, a APORMED tem 50 membros associados, que representam mais de 50% do total do mercado de dispositivos médicos em Portugal, ou seja, 365 milhões de euros.
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