O número de pessoas sem emprego e sem subsídio continua a aumentar. Em Outubro, apenas 57,5% dos desempregados inscritos nos centros de emprego - ou seja, mais de 239 mil pessoas - tinham acesso a um dos quatro tipos de prestações de desemprego. Em Setembro, o valor da taxa de cobertura ficou abaixo dos 60%, batendo recordes desde, pelo menos, 2005. Mas Outubro volta a superar valores.
Assim, dos 550.846 desempregados inscritos nos centros de emprego, apenas 316.695 recebiam prestações associadas, de acordo com os dados recentemente publicados pela Segurança Social. Mas a taxa de cobertura ainda poderá ser inferior (52%) se tivermos em conta todo o universo de desempregados apurados pelo Instituto Nacional de Estatística - 609,4 mil no terceiro trimestre.
O fim das medidas anti-crise em Julho ajudarão a explicar a constante queda do número de subsidiados. Aliás, esta foi uma das indicações dadas pelo Ministério do Trabalho para justificar os números do mês anterior. Recorde-se que entre as medidas retiradas conta-se a redução em três meses do período de contribuições necessário para aceder ao subsídio de desemprego e o prolongamento por mais seis meses do subsídio social (atribuído a beneficiários de fracos rendimentos e insuficiente carreira contributiva).
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