À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.

07/12/2010

Trabalhadores da Groundforce em greve no Natal e Ano Novo

indicatos já entregaram pré-aviso, que vai incidir sobre a totalidade dos dias 23 e 29 de Dezembro e ainda sobre algumas horas de 22,24, 28 e 30 do mesmo mês.

A greve geral dos trabalhadores da Groundforce, empresa de handling participada pela TAP que anunciou recentemente o encerramento da escala de Faro e o despedimento colectivo de 294 pessoas, foi anunciada hoje, em comunicado enviado às redacções.

De acordo com o documento, a paralisação vai durar seis dias, começando a 22 de Dezembro. No primeiro dia, haverá greve por três horas, entre as 21h e as 24h. No dia 23, a paragem vai decorrer durante 24 horas, seguindo-se um novo período de três horas (das 00h às 03h), no dia seguinte.

Voltará a haver uma greve de 24 horas a 29 de Dezembro, antecedida por uma paralisação de três horas, na véspera (novamente entre as 21h e as 24h). No dia 30, a paragem será igualmente entre as 00h e as 03h.

Tanto nos dias 22 e 24, quanto a 28 e 30, a greve só será realizada pelos "trabalhadores que deviam entrar ou sair de serviço naqueles períodos", esclarece o comunicado, assinado, em conjunto, pelo Sindicato da Indústria Metalúrgica e Afins (SIMA), Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC), Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) e Sindicatos dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA).

O documento explica que a decisão de avançar com a paralisação na Groundforce se fica a dever a vários factores, de entre os quais "o total desrespeito com que o Governo português e o conselho de administração da TAP/Groundforce", que os sindicatos consideram ser "uma clara demonstração de incapacidade, incompetência e permanente contradição".

Os sindicatos contestam ainda a "precariedade no sector", dando o exemplo da "tentativa de despedimento colectivo no aeroporto de Faro", anunciado há um mês pela Groundforce, que alega que a operação gera prejuízos de oito milhões de euros.

As negociações posteriormente levadas a cabo entre sindicatos e administração da empresa de handling terminaram sem acordo, uma vez que, ao contrário da Groundforce, os representantes defendiam a manutenção da escala algarvia, ainda que com uma redução para metade dos postos de trabalho.

Uma proposta que foi recusada pela empresa, detida a 49,9 por cento pela transportadora aérea estatal TAP. Ficou apenas garantido que, em vez de um despedimento colectivo de 336 pessoas, seriam afectadas 294, com a transferência de 22 para outras escalas e pré-reformas para outras 18.

No comunicado, os sindicatos afirmam ainda que houve uma "violação do protocolo tripartido", assinado com a TAP e a Groundforce, "que visava garantir a empresa como um todo, bem como todos os postos de trabalho".

E terminam explicando que a decisão de fazer greve foi tomada para "levar o conselho de administração da TAP e da Groundforce a alterar o seu comportamento anti-negocial, prepotente, arrogante, lesivo dos interesses dos trabalhadores e a inverter a tentativa de despedimento colectivo em Faro".

Por fim, os sindicatos garantem que "assegurarão os serviços necessários à segurança e manutenção dos equipamentos e instalações", bem como "a prestação dos serviços mínimos" nos dias da paralisação.
 
http://economia.publico.pt/Noticia/trabalhadores-da-groundforce-em-greve-no-natal-e-ano-novo_1469988

Sem comentários:

Related Posts with Thumbnails