Agentes, chefes e oficiais da PSP vão concentrar-se, a partir de hoje, quinta-feira, no Terreiro do Paço, em Lisboa, para exigir do Governo que cumpra aquilo a que se comprometeu em matéria de promoções. Avisam que estarão "o tempo que for necessário" e que são "resistentes".
Proposta pela Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) - o maior sindicato da PSP, que reúne mais de 10 mil sócios -, a ideia de uma concentração de protesto sine die em frente ao Ministério da Administração Interna (MAI) foi rapidamente acolhida pelos restantes sindicatos da PSP. Paulo Rodrigues, presidente da ASPP-PSP, garante que os nove sindicatos da polícia (que representam agentes, chefes e oficiais) estão juntos nesta acção. E avisa que estarão "o tempo que for necessário" até que o Governo decida resolver as questões que motivaram este protesto.
"Espero que o Governo rapidamente ponha fim a esta concentração. O Governo tem todas as condições para o fazer, só não faz porque não quer", disse, ontem, ao JN, o dirigente da ASPP.
Está em causa o desbloqueamento de uma verba de 3,1 milhões de euros para a promoção de cerca de 1500 polícias que participaram num concurso de promoções, realizado em Maio do ano passado, e a recolocação de todo o efectivo da polícia nas novas posições remuneratórias à luz do novo estatuto, que entrou em vigor a 1 de Janeiro.
"Já não nos basta a palavra do ministro de que tem muita vontade de resolver em breve o problema. Exigimos uma garantia concreta, documental, a dizer quando é que isso vai acontecer e terá de ser num período muito curto".
Ao que o JN apurou, estão já programadas escalas que garantem a permanência de polícias no Terreiro do Paço até pelo menos à próxima quarta-feira, entre as 8.30 e as 00.30horas. Um horário que respeita o diploma legal em vigor para as manifestações e que foi concertado, anteontem, numa reunião com o governador civil de Lisboa.
No encontro ficou definido que a concentração terá lugar junto à estátua de D José I, para respeitar a "distância mínima" de 100 metros em relação a instalações de órgãos de soberania.
Paulo Rodrigues admite que no início da concentração - hoje, pelas 18 horas - será o momento em que irão estar mais polícias em frente ao MAI, talvez "algumas centenas". Mas admite que num protesto desta natureza - sem data para terminar - as pessoas aparecem quando estão de folga ou quando saem de serviço.
Resende da Silva, dirigente do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia, apela ao "bom senso" do Governo para resolver o problema e lembra que se trata de "preencher vagas" que fazem falta à Polícia.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1668560
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