A FESAP considera que os funcionários do Estado não podem pagar uma factura que não lhes pertence e não podem ser responsabilizados pelo aumento da despesa do Estado.
Depois de o secretário de Estado do Orçamento, que entende não fazer sentido falar-se em mais aumentos dos salários da Função Pública, Nobre dos Santos frisou que são inaceitáveis as pressões de algumas forças, incluindo de partidos, de fazer dos funcionários públicos os «maus da fita».
«Não aceitamos nomeadamente que se ponha em causa os princípios do foco da despesa pública sejam os trabalhadores. Os trabalhadores não aceitam isso, porque têm a certeza que até hoje não foram o foco do desregramento da despesa pública», sublinhou.
Para Nobre dos Santos, «se algum problema existe é de gestão que é dos governantes e não dos trabalhadores e os trabalhadores têm dado o litro para defesa do sector da Administração Pública e todos têm se esforçado para que as coisas corram bem».
Ana Avoila, da Frente Comum, concorda com esta ideia e diz que não podem ser os funcionários públicos a pagar por erros de terceiros e a «pagar todas as crises» e garantiu que «vamos continuar a lutar para que isso não aconteça».
«É uma história muito repetida, já não convence ninguém. Escusam de andar a preparar psicologicamente os trabalhadores que não vão ter aumentos reais de salários porque as pessoas vão reagir e isto vai causar prejuízo ao país», acrescentou a sindicalista.
Ouvida pela TSF, a líder da Frente Comum frisou ainda que «quanto mais baixos foram os salários da Função Pública, com os milhões de trabalhadores que tem, menos contribuem para a dinamização da economia através do consumo».
«Dia 5, vai haver uma grande manifestação nacional contra o SIADAP e os salários baixos e vamos continuar a resistir. Temos esperança que neste quadro que é diferente, o Governo tenha aprendido alguma coisinha», concluiu.
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1468907
Sem comentários:
Enviar um comentário