A possibilidade de o grupo Renault deslocalizar a produção do Clio IV para a Turquia, avançada há uma semana pelo jornal La Tribune, está a provocar fortes preocupações em França.
«Se a decisão de deslocalizar a produção do Clio IV para a Turquia se concretizar, o Estado francês não poderá deixar de reagir», avisa a CGTP, lembrando que a Renault recebeu uma importante fatia de dinheiros públicos no âmbito do plano de ajuda à indústria automóvel: três mil milhões de euros de empréstimos bonificados em troca da manutenção dos postos de trabalho.
A direcção do grupo afirma que a decisão ainda não está tomada, mas não a desmente; entretanto, vai emitindo sinais contraditórios, apontando as actuais instalações da Clio em Flins como potenciais receptoras de Zoe ZE, o protótipo da futura gama de carros eléctricos, e da produção de baterias para esse tipo de veículos a partir de meados de 2012.
O governo francês, por seu lado, não esconde o incómodo da situação. O ministro da Indústria, Christian Estrosi, diz-se «chocado» e já convocou Patrick Pelata, director geral da Renault, para uma reunião. O Estado, que representa 15 por cento da empresa, «não tem um representante no conselho de administração para ficar de braços caídos», assegura. Resta esperar para ver. É que a Renault recebeu ajudas em troca da garantia de não fazer despedimentos mas acabou por implementar um vasto plano de «saídas voluntárias» de mais de 4400 trabalhadores.
http://www.avante.pt/noticia.asp?id=32043&area=8
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14/01/2010
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