Mais de 1250 empresas foram declaradas insolventes em 2009, o que representa um crescimento de 49 por cento em relação ao ano anterior, e foram constituídas 30.412 novas empresas, o que significa um decréscimo de 15 por cento.
Segundo o Estudo Anual de Insolvências e Constituições de Empresas da Coface, no decorrer do ano de 2009, o tribunal declarou a insolvência de 1251 empresas, mais 410 do que no ano anterior, o que representa um aumento de 49 por cento.
No mesmo período, foram constituídas 30.412 novas empresas, menos 4.562 do que em 2008, o que representa uma queda de 15 por cento, verificando-se uma diminuição das constituições ao longo do ano.
De acordo com o estudo da Coface, a que a Lusa teve acesso, “o Plano de Insolvência, em que os credores aceitaram um projecto de viabilização da empresa, diminuiu o seu peso no total das decisões, tendo caído dos 9,2 para os 6,4 por cento das decisões de insolvência.
Cerca de 53 por cento dos pedidos de insolvência foram requeridos por terceiros, como instituições financeiras ou fornecedores, tendo-se registado um aumento na ordem dos 50 por cento nas acções de apresentação à insolvência pela própria empresa para “tentar obter um plano de insolvência ou para os accionistas (sócios) ou gestores limitarem as suas responsabilidades”.
O Estudo Anual de Insolvências e Constituições de Empresas dá conta de um aumento de 36,2 por cento no total de decisões de insolvência em Portugal, de 3.267 acções publicadas em 2008 para 4.450 acções publicadas em 2009.
O distrito do Porto lidera as acções de insolvência, representando mais de um quarto do total de processos verificados, a que se segue Lisboa (18,3 por cento) e Braga (15,6 por cento).
Segundo o estudo, “as acções de insolvência são maioritárias nos distritos em que o número de empresas tem um maior peso”, destacando o caso positivo do distrito de Faro, em que prevalece a fileira turística e imobiliária, com apenas 2,1 por cento das acções de insolvência.
O sector da construção foi o mais atingido por acções de insolvência em 2009, representando cerca de 17,3 do total de processos, sendo seguido pelo sector do comércio por grosso e pelo têxtil, vestuário, couro e calçado que representam 15,3 e 14,3 por cento do total de acções respectivamente.
Em termos positivos, o Estudo Anual de Insolvências e Constituições de Empresas salienta o sector do lazer e da cultura, que regista uma taxa de incidência de 0,3 por cento das insolvências, a fileira alimentar e a educação e actividades de saúde humana.
http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1417713
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