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12/01/2010

Emprego vai cair 1,3%

O nível de emprego contraiu-se 2,8 por cento em 2009 e deverá continuar a cair este ano (-1,3 por cento), de acordo com as estimativas apresentadas hoje, terça-feira, no Boletim Económico de Inverno, do Banco de Portugal.

"Após uma contracção de 2,8 por cento em 2009, o emprego deverá contrair 1,3 por cento em 2010, seguindo-se um crescimento de 0,4 por cento em 2011", diz o relatório divulgado esta tarde pela instituição liderada por Vítor Constâncio.

No capítulo reservado ao Emprego, o Boletim económico de Inverno explica que "a evolução projectada aponta para que no período recessivo 2007-2011 ocorra uma destruição de emprego em termos líquidos muito superior à registada nos dois episódios recessivos anteriores".

Por outro lado, em termos sectoriais, "a evolução projectada para o emprego é marcada pelo comportamento da componente privada ao longo de todo o horizonte da projecção, num contexto em que se assume uma estabilização do emprego no sector público pelas razões metodológicas indicadas".

Na análise prospectiva para este e o próximo ano, o Banco de Portugal sublinha que, "no que diz respeito à oferta de trabalho, depois de uma diminuição da taxa de participação verificada em 2009 e projectada para 2010, perspectiva-se alguma reversão em 2011". Esta evolução, continua o documento, "deverá reflectir, em parte, uma situação de desencorajamento da participação no mercado de trabalho", não só devido à própria evolução da taxa de actividade, mas também devido ao "baixo crescimento da população em idade activa de trabalho".

As fragilidades estruturais da economia portuguesa durante a última década observam-se no crescimento limitado da produtividade total dos factores, para o qual contribuíram o baixo nível de qualificação da população activa. Por outro lado, o aumento do desemprego estrutural provocou uma diminuição da contribuição do factor trabalho no crescimento económico.

O baixo contributo do trabalho para o crescimento deverá continuar num contexto de "fraco dinamismo da procura e de baixa mobilidade no mercado de trabalho", também impulsionada pelo "baixo nível de capital humano", explica o banco central.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1467979

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