A Itarion Solar, mais conhecida por Qimonda Solar, entrou com o processo de insolvência no Tribunal de Vila Nova de Gaia, depois de falhado o acordo com um dos accionistas, fundamental para levar adiante o projecto de salvação negociado pelo Governo e anunciado dois meses antes da falência. Um projecto mais pequeno de que se falou depois também não avançou.
A apresentação do pedido de insolvência da Qimonda Solar, empresa distinta da Qimonda Portugal, é hoje noticiada pelo ‘Público’. Carla Santos, administradora de insolvência nomeada para este caso, adiantou a este jornal que o processo está no início e não recebeu qualquer contacto de empresas interessadas em salvar a Itarion Solar, mas também não adianta se ainda é possível salvar o projecto.
A Itarion Solar, ou Qimonda Solar, é detida em 51% pela Qimonda AG, também proprietária da Qimonda Portugal, ambas em falência, e em 49% pela alemã Centrosolar. O projecto anunciado pelo Governo previa a compra da parte da Qimonda AG por parte de um consórcio liderado pela EDP, com capitais de risco públicos e várias outras empresas, como DST, Visabeira, Inovcapital, BPA, BES e BCP, diz o jornal.
O projecto previa a produção de células fotovoltaicas e a criação de 400 postos de trabalho. Previa o investimento de 150 milhões de euros e já tinha em construção um edifício nos terrenos da Qimonda Portugal.
O falhanço deste projecto levou ao anúncio de que seria implementado um mais pequeno, com 200 trabalhadores, para produzirem células fotovoltaicas, mas a ideia não avançou.
O última possibilidade avançada mantém a falência da Qimonda Solar, mas poderá permitir aproveitar parte dos trabalhadores da Qimonda Solar, aproveitando as suas instalações. Ainda segundo o ‘Público’, trata-se do interesse da Cabelte, que pretende produzir cabos de muito alta tensão e de fibra óptica, mas garantindo antes o envolvimento da EDP e a REN para ter um mercado preferencial de saída da produção.
D.N. - 07.09.09
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