O presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB), Luís Garra, espera que a empresa de confecções Proudmoments apresente um plano de pagamento de salários às 100 trabalhadoras que hoje entraram em greve.
"A preocupação fundamental é arranjar uma plataforma de entendimento, para que [se chegue] ao fim da greve e continue a laboração. Acredito que na base de um plano de pagamentos realista e verdadeiro, as trabalhadoras vão continuar a colaborar como até aqui", sublinhou o sindicalista à Agência Lusa.
Cerca de 100 trabalhadoras das confecções Proudmoments, na Zona Industrial do Fundão, concentraram-se esta manhã à porta da empresa e iniciaram uma greve por tempo indeterminado, exigindo o pagamento de salários em atraso.
Segundo Isabel Simão, dirigente na empresa do Sindicato Têxtil da Beira Baixa, "desde Janeiro que os salários estão a ser pagos de forma repartida. Neste momento estão em atraso o salário de Agosto e parte do subsídio de férias".
Na terça-feira um grupo de trabalhadoras questionou a administração sobre a situação e um dos sócios terá informado que "não há dinheiro para pagar", acrescentou Isabel Simão.
Ainda segundo esta dirigente sindical, os sinais de dificuldades na empresa reflectem-se "até na falta de papel higiénico e produtos de limpeza nas instalações".
A agência Lusa procurou obter informações por parte da administração, mas até ao momento ninguém se encontrava disponível.
As confecções Proudmoments chamavam-se Massito até à insolvência desta em 2008, passando na altura para a posse da actual administração, que lhes deu uma nova designação.
A empresa produz calças e casacos para marcas de clientes.
Ainda segundo Luís Garra, noutra empresa de confecções da região, a Carveste, em Belmonte, as trabalhadoras também chegaram a parar hoje de manhã, mas retomaram a laboração.
Em causa está também o pagamento do salário de Agosto e parte do subsídio de férias, sendo que a administração assumiu um plano de pagamentos acordado com as mais de 200 trabalhadoras.
D.N. - 09.09.09
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