O secretário-geral da CGTP considerou hoje que o Governo deve dar "uma outra atenção" aos problemas laborais na TAP.
"Perante as excessivas contradições que se têm acumulado na TAP considero que deve haver mais transparência e rigor e que o Governo deve dar uma outra atenção à empresa", comentou Carvalho da Silva à margem da conferência sindical "O Diálogo Social e a Contratação Colectiva".
Se os trabalhadores protestam é porque têm motivo, disse Carvalho da Silva, afirmando que não se deve resumir o caso a questões políticas.
O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, afirmou em declarações ao jornal Diário Económico que a data escolhida pelos pilotos para a paralisação - 24 e 25 de Setembro - "tem intenções partidárias e parece indicar uma intervenção política dos sindicatos da TAP".
Em resposta ao ministro, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), que convocou a greve, afirmou que é "apartidário e independente" e que não se deixa envolver em "quezílias político-partidárias".
No comunicado onde convoca a greve, o SPAC "recomenda" ao ministro das Obras Públicas "que peça explicações à administração da TAP, porque é o comportamento desta que está na origem deste conflito".
O SPAC diz ainda que "a resolução deste conflito tem solução desde que a administração da TAP tenha sentido de justiça e assuma um comportamento equilibrado e responsável".
O sindicato decidiu na terça-feira convocar dois dias de greve devido ao "impasse" no processo de revisão do Acordo de Empresa dos pilotos da TAP e ao "descontentamento" dos pilotos com a gestão do presidente-executivo da TAP, Fernando Pinto.
Os pilotos dizem que Fernando Pinto se "esqueceu do contributo dos pilotos quando, em 2008, decidiu distribuir um prémio pelos trabalhadores da TAP, o qual não contemplou os pilotos".
J.N. - 09.09.09
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