A plataforma das organizações ambientalistas Quercus, Movimento Pró-Informação para a Cidadania e Ambiente (MPI) e Associação de Defesa do Ambiente de Loures (ADAL), criada na sequência da proposta de fusão entre a Valorsul e a Resioeste, acusa o Ministério do Ambiente de falta de transparência e de informação.
Enquanto documentos do Ministério do Ambiente declaram que a Valorsul «pode receber mais resíduos», os relatórios de sustentabilidade da empresa revelam que «não existe essa capacidade», denunciou Rui Berkemeier, do Centro de Informação de Resíduos da Quercus.
Para o ambientalista, o ministério tutelado por Nunes Correia «está a fazer um grande erro» ao «empurrar da Resioeste para a Valorsul», porque isso «não vai resolver o problema».
A proposta de fusão da Valorsul com a Resioeste prevê queimar e enterrar cerca de 80 por cento dos resíduos, o que corresponde a uma taxa de reciclagem muito baixa, denunciam os ambientalistas, defendendo, em alternativa, um tratamento local quer permite reciclar entre 60 a 80 por cento do lixo.
Rui Berkemeier acusou também a Câmara Municipal de Loures de voltar atrás com a palavra, já que depois de ter dito que nunca iria receber resíduos de outros concelhos, neste momento, não só propõe o contrário, como ainda admite a «possibilidade de montar uma nova incineração».
Os ambientalistas prometem apresentar, em conferência de imprensa esta quarta-feira, uma série de dados que demonstram a falta de informação do Ministério do Ambiente em relação a este processo.
Também esta quarta-feira realiza-se uma sessão da Câmara Municipal de Loures sobre este processo de fusão.
TSF - 19.08.09
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