Sindicalistas do sector de limpezas industriais protestam junto à ACT no Porto

Algumas dezenas de dirigentes e activistas sindicais do sector das limpezas industriais estão hoje concentrados junto à sede da Autoridade das Condições do Trabalho, no Porto, para exigir a "rápida intervenção" para acabar com a discriminação salarial.
"O sindicato dos Trabalhadores de Portaria, Vigilância, Limpezas e Actividades Diversas (STAD) exige a rápida intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) nas empresas de limpezas industriais para acabar com a discriminação salarial no sector", diz Carlos Trindade, coordenador do STAD. Segundo Carlos Trindade, as principais empresas do sector de limpezas industriais (Iberlim, grupo Vadeca, Limpotécnica e Climex, entre outras) estão a pagar aos sócios do STAD salários inferiores aos dos restantes trabalhadores, o que é ilegal.
Aos mais de 7.000 sócios do STAD (filiado na CGTP) não foi aplicado o último aumento salarial porque o sindicato não chegou a acordo com as empresas.
Mas como foi publicada em Dezembro uma portaria de extensão em Boletim de Trabalho, as empresas do sector estão obrigadas a pagar o mesmo salário a todos os trabalhadores, salienta Carlos Trindade.
O sindicalista refere que o salário do sector era de 450 euros, e com o aumento passou a ser de 470 euros.
Para quinta-feira está marcada outra concentração de dirigentes e activistas do STAD, desta vez junto à sede da ACT em Lisboa. "Já tivemos uma reunião com o Inspector-Geral do Trabalho, que nos deu razão e prometeu a intervenção da ACT para repor a legalidade mas o que nós pretendemos é que essa intervenção seja feita o mais rapidamente possível, pois cada mês que passa é mais um prejuízo para os trabalhadores", diz Carlos Trindade.
O sector das limpezas industriais emprega cerca de 40.000 pessoas, maioritariamente mulheres.
Oje.pt - 22.07.09