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24/07/2009

Portugueses são os europeus mais pessimistas num cenário de despedimento

Os portugueses são os cidadãos europeus mais pessimistas num cenário de eventual despedimento, com apenas 16 por cento a acreditarem que encontrariam rapidamente um novo emprego, segundo um inquérito divulgado esta sexta-feira em Bruxelas.

O "Eurobarómetro" sobre a forma como os europeus encaram o impacto da crise no mercado de trabalho revela ainda que os portugueses são dos que mais dizem sentir na pele os efeitos da crise, com 16 por cento a afirmarem que perderam o posto de trabalho devido à situação económica, o quarto valor mais elevado na União Europeia.

Questionados sobre a confiança na possibilidade de encontrarem um novo emprego no espaço de seis meses no caso de serem despedidos, os portugueses revelam-se muito pessimistas, com apenas 16 por cento a considerarem esse cenário muito provável, o que é o valor mais baixo entre os 27 e muito aquém da média comunitária, de 39 por cento.

No entanto, uma grande maioria dos inquiridos, 83 por cento, dizem acreditar que conseguirão manter o seu posto de trabalho nos próximos meses, um valor que fica ligeiramente acima da média da União Europeia, de 80 por cento.

Os portugueses são dos cidadãos europeus que mais dizem sentir pessoalmente os efeitos da crise no mercado de trabalho, com 16 por cento a sustentarem que perderam o seu posto de trabalho como resultado da crise - o quarto valor mais elevado da UE, a seguir à Letónia, Lituânia e Espanha, e muito acima da média comunitária (9 por cento).

Cerca de um terço dos inquiridos (32 por cento) dizem que um colega perdeu o trabalho devido à crise (sendo a média comunitária de 24 por cento) e 39 por cento dizem que têm um familiar ou amigo próximo a quem tal aconteceu (neste caso próximo da média da UE, de 36 por cento).

Por fim, cerca de um quarto de portugueses (23 por cento) receiam que o pior da crise, em termos de impacto no mercado de trabalho, está ainda para vir - valor ainda assim abaixo da média comunitária, de 28 por cento -, enquanto 56 por cento acreditam que o pior já passou e 21 por cento não têm opinião formada (o terceiro valor mais elevado entre os 27).

O inquérito foi realizado entre Maio e Junho, tendo em Portugal sido inquiridas, pela TNS Euroteste, 1020 pessoas, entre 29 de Maio e 16 de Junho.

TSF - 24.07.09

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