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17/07/2009

“European Inequalities: Social Inclusion and Income Distribution in the European Union”

Documento analisa um conjunto de tendências associadas à distribuição da riqueza e ao risco de pobreza nos países da União Europeia (UE). Países mais pobres são os que tendencialmente apresentam maiores níveis de desigualdade de rendimento.

Portugal é dos países da UE no qual o efeito dos impostos e dos benefícios sociais menos contribuiu para amenizar as desigualdades de rendimento, no intervalo temporal 2001-2005. Tal como em Itália e na Irlanda, estes mecanismos de redistribuição da riqueza diminuíram em 0,15 pontos a desigualdade de rendimento em Portugal (desigualdade aferida através do Coeficiente de Gini, que, neste caso, varia entre 0 e 1). Apenas a Holanda regista um resultado menos expressivo, enquanto na Hungria e na Bélgica essa diminuição foi de 0,27 e 0,24 pontos, respectivamente (ver pp. 154 e 155 do relatório).
O país apresenta também resultados negativos no que diz respeito à capacidade de consumo da sua população: em 2006, cerca de 7,0% dos portugueses que não tinham capacidade económica para comprar uma televisão a cores, um telefone ou uma máquina de lavar a roupa; em nenhum dos países da UE-15 o valor deste indicador superou os 2,0%. Apesar de tudo, a porção da população portuguesa que não tem capacidade económica para efectuar uma refeição de carne, frango ou peixe (ou equivalente vegetariano) de dois em dois dias é relativamente baixa, em especial se comparada com os valores registados nos países que aderiram à UE após 2004.

Link para relatório
Ver valores do risco de pobreza e do coeficiente de Gini na UE-27 em 2007. Já são conhecidos, para Portugal, valores provisórios destes indicadores referentes ao ano de 2008.

Observatório das Desigualdades - 17.07.09

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