A análise do gráfico 1 demonstra que a Grécia é o país da OCDE cujos agregados domésticos apresentam maior despesa em recriação e cultura (6,6% do PIB), ao passo que os de Luxemburgo registam, para este indicador, o registo mais baixo (2,9%). É interessante verificar a descoincidência entre o resultado que a Grécia apresenta para a despesa dos agregados domésticos e do governo, na medida em que no primeiro caso é o país com um gasto relativo mais elevado, assumindo, pelo contrário, como o terceiro cujo governo menos despende nesta área. O mesmo se aplica aos Estados unidos. Este texto foi escrito por Nicole Rita e Catarina Delgado, no âmbito do programa "Ocupação Científica dos Jovens nas Férias". Nota metodológica: As despesas dos agregados domésticos na recriação e cultura incluem compras de aparelhos audiovisuais, equipamentos de fotografia e de computadores; CD’s e DVD’s; intrumentos musicais; auto-caravanas; caravanas; equipamento desportivo; brinquedos; animais de estimação e produtos com eles relacionados; ferramentas de jardinagem e plantas; jornais; bilhetes de jogos de futebol, cinemas e peças de teatro; e gastos no jogo (incluindo bilhetes de lotaria) fora os prémios. Exclui as despesas nos restaurantes, hotéis, viagens e em casas de férias, mas inclui os pacotes de férias.
Quanto às despesas governamentais em cultura e recriação, a Islândia é o país da OCDE onde o valor deste indicador é mais expressivo (3,6% do PIB), enquanto o Japão é aquele onde essa despesa é menor (0,2%).
As despesas do governo e dos agregados familiares, em Portugal, no ano considerado, foram de 1,0% e 4,5% do PIB, respectivamente. Assim, entre os 23 países da OCDE considerados no gráfico 1, Portugal é o 6º (a par da Polónia) cujos agregados domésticos menos despendem em cultura e recriação e o 10º a apresentar um nível de despesa governamental nesta área mais baixo.
As despesas do governo incluem despesas de administração desportiva, recreativas e culturais, bem como a manutenção de jardins zoológicos, jardins botânicos, praias e parques públicos; apoio para os serviços de radiodifusão e, existindo, o apoio a organizações religiosas, fraternais, cívicas, da juventude e outras organizações sociais (incluindo o funcionamento e reparação das instalações e pagamento ao clero e outros agentes). Estão também incluídos os subsídios a artistas e empresas. As despesas para a construção dos estádios desportivos, piscinas públicas, teatros nacionais, óperas e museus estão também incluídos.
À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.
16/07/2009
Despesas em recriação e cultura: portugueses entre os que menos despendem neste tipo de consumos
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