A Administração do “Público” ameaça desencadear na próxima segunda-feira um processo de despedimento colectivo de duas dezenas de trabalhadores se não for aceite a redução de salários preconizada pela empresa, denuncia o Sindicato dos Jornalistas (SJ) em comunicado divulgado hoje, 15 de Julho.
Segundo o SJ, que refere um comunicado distribuído hoje pela Administração do “Público” e comunicações feitas pelas chefias aos trabalhadores, caso 90% dos trabalhadores não formalizem o acordo para a redução salarial a Administração vai avançar com um "plano alternativo de redução de custos com pessoal", “sem nova negociação”.
O SJ, que tem acompanhado e apoiado a luta dos jornalistas do “Público, repudia as ameças e apela à unidade dos trabalhadores.
É o seguinte o texto, na íntegra, do comunicado do SJ:
SJ repudia ameaças da Administração do "Público"
1. O Sindicato dos Jornalistas tomou conhecimento de um comunicado distribuído hoje pela Administração do “Público” contendo ameaças que justificam inequívoco repúdio, bem como do anúncio, através das chefias, de que será desencadeado, na segunda-feira, um processo de despedimento colectivo de duas dezenas de trabalhadores se não for aceite a redução de salários preconizada pela empresa.
2. Com efeito, perante a falta de adesão da maioria dos trabalhadores a um acordo de redução dos salários através da alteração do regime de isenção de horário de trabalho, bem como a rejeição dessa possibilidade expressa numa consulta por voto secreto realizada ontem, a Administração veio dizer hoje que:
a) “Caso 90% dos trabalhadores não formalizem o acordo” está “mandatada pelo accionista para apresentar um plano alternativo de redução de custos com pessoal”;
b) Aplicará esse plano “sem nova negociação”;
c) “Tanto a Administração como o accionista sentem-se responsáveis pela manutenção do maior número possível de postos de trabalho, o que exige o reequilíbrio das contas”;
d) Haverá ónus “para muitos dos que fazem parte da equipa”.
3. Do teor do comunicado é evidente que a Administração prepara medidas – incluindo o despedimento – que penalizarão os jornalistas e outros trabalhadores ao serviço do “Público” e que não se preocupou em evitar o tom de ameaça, quando poderia e deveria ter manifestado abertura para continuar a encontrar soluções negociadas para os problemas que diz ter.
4. Mas é igualmente evidente uma atitude que o SJ não pode aceitar nem deixar de denunciar, por ser intimidatória e violadora de garantias legais que os jornalistas e os restantes trabalhadores têm – a de anunciar que desencadeará medidas alternativas “sem nova negociação”.
5. Mesmo que a Administração do “Publico” ou o seu accionista (accionista este que tem um nome e um rosto – Belmiro de Azevedo, da Sonae) não queiram ou não gostem, negociação terá de haver se pretendem pôr em causa os direitos dos trabalhadores! Tal negociação é aliás obrigatória se a Empresa desencadear o processo de despedimento colectivo esta tarde anunciado.
6. O SJ, que tem acompanhado e apoiado a luta dos jornalistas do “Público”, continuará empenhado na defesa dos direitos e interesses dos seus representados e do direito de todos os trabalhadores a discutir as medidas que afectem as suas condições de trabalho.
7. Neste contexto, apela aos jornalistas e demais trabalhadores para que se mantenham unidos e à Administração para que reabra as portas do diálogo e da negociação.
Lisboa, 15 de Julho de 2009
A Direcção
O Sítio do Sindicato dos Jornalistas
O SJ, que tem acompanhado e apoiado a luta dos jornalistas do “Público, repudia as ameças e apela à unidade dos trabalhadores.
É o seguinte o texto, na íntegra, do comunicado do SJ:
SJ repudia ameaças da Administração do "Público"
1. O Sindicato dos Jornalistas tomou conhecimento de um comunicado distribuído hoje pela Administração do “Público” contendo ameaças que justificam inequívoco repúdio, bem como do anúncio, através das chefias, de que será desencadeado, na segunda-feira, um processo de despedimento colectivo de duas dezenas de trabalhadores se não for aceite a redução de salários preconizada pela empresa.
2. Com efeito, perante a falta de adesão da maioria dos trabalhadores a um acordo de redução dos salários através da alteração do regime de isenção de horário de trabalho, bem como a rejeição dessa possibilidade expressa numa consulta por voto secreto realizada ontem, a Administração veio dizer hoje que:
a) “Caso 90% dos trabalhadores não formalizem o acordo” está “mandatada pelo accionista para apresentar um plano alternativo de redução de custos com pessoal”;
b) Aplicará esse plano “sem nova negociação”;
c) “Tanto a Administração como o accionista sentem-se responsáveis pela manutenção do maior número possível de postos de trabalho, o que exige o reequilíbrio das contas”;
d) Haverá ónus “para muitos dos que fazem parte da equipa”.
3. Do teor do comunicado é evidente que a Administração prepara medidas – incluindo o despedimento – que penalizarão os jornalistas e outros trabalhadores ao serviço do “Público” e que não se preocupou em evitar o tom de ameaça, quando poderia e deveria ter manifestado abertura para continuar a encontrar soluções negociadas para os problemas que diz ter.
4. Mas é igualmente evidente uma atitude que o SJ não pode aceitar nem deixar de denunciar, por ser intimidatória e violadora de garantias legais que os jornalistas e os restantes trabalhadores têm – a de anunciar que desencadeará medidas alternativas “sem nova negociação”.
5. Mesmo que a Administração do “Publico” ou o seu accionista (accionista este que tem um nome e um rosto – Belmiro de Azevedo, da Sonae) não queiram ou não gostem, negociação terá de haver se pretendem pôr em causa os direitos dos trabalhadores! Tal negociação é aliás obrigatória se a Empresa desencadear o processo de despedimento colectivo esta tarde anunciado.
6. O SJ, que tem acompanhado e apoiado a luta dos jornalistas do “Público”, continuará empenhado na defesa dos direitos e interesses dos seus representados e do direito de todos os trabalhadores a discutir as medidas que afectem as suas condições de trabalho.
7. Neste contexto, apela aos jornalistas e demais trabalhadores para que se mantenham unidos e à Administração para que reabra as portas do diálogo e da negociação.
Lisboa, 15 de Julho de 2009
A Direcção
O Sítio do Sindicato dos Jornalistas
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