Defender a Cimianto

Os trabalhadores da Cimianto, em Alhandra, têm continuado a comparecer no local de trabalho, recusando a suspensão dos contratos, reclamando o pagamento dos salários de Junho e de subsídios em dívida, e batendo-se pela viabilização da empresa. Ontem à tarde, após um plenário na fábrica, dezenas de operários deslocaram-se, a pé, até aos Paços do Concelho de Vila Franca de Xira, para tentarem saber em que passo estava a intenção, manifestada pela presidente da Câmara, de adquirir um terreno da Cimianto para construção de um equipamento desportivo.
«O interesse mantém-se, mas não está definido o prazo para a concretização do negócio», disse Luís Santos, da Comissão de Trabalhadores, no final de uma reunião com Maria da Luz Rosinha. A agência Lusa citou igualmente Fátima Messias, dirigente do Sindicato da Cerâmica, Cimentos e Similares e da CGTP-IN: «O compromisso devia ter sido assumido em tempo útil e nós dissemos isso à Presidente da Câmara e vamos dizê-lo na reunião de hoje da Assembleia Municipal».
A fábrica de coberturas e isolamentos para a construção civil está praticamente paralisada, desde que, no final de Maio, a administração pediu a insolvência, decretada pelo tribunal no princípio de Junho. A comissão de credores, onde os 83 trabalhadores têm um representante, tomou posse dia 9 e deverá apreciar em Setembro uma proposta do gestor da insolvência.
Avante - 16.07.09