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19/04/2009

Sobreendividados duplicam

Até Março, 814 famílias pediram ajuda à Deco. O desemprego é o principal motivo das dificuldades.

A probabilidade de quem procura um novo crédito à habitação ficar desempregado é um dos novos ponderadores de risco analisados pelos bancos, na altura de determinar o spread do cliente.

E existem fortes razões para que os bancos ponderem fortemente esta variável. Não só pelo aumento do número de desempregados, mas essencialmente porque são as situações de perda do posto de trabalho que fazem aumentar, em maior escala, os casos de sobreendividados que pedem ajuda à Deco - Associação de Defesa do Consumidor.

De acordo com os dados do Gabinete de Apoio ao Sobreendividado (GAS) que funciona no âmbito daquela organização, os processos de sobreendividamento iniciados no primeiro trimestre deste ano, mais que duplicaram (mais 104%) face a igual período e 2008.

Até Março, 814 portugueses com dificuldades em pagar as suas dívidas pediram ajuda à Deco, com vista a obter um reescalonamento das mesmas junto dos bancos e outros devedores. No mesmo trimestre do ano passado, tinham sido 398 famílias.

Segundo a Deco, as razões que levam a este aumento são cada vez mais o desemprego, ultrapassando as situações de divórcio, que tradicionalmente eram responsáveis pela maior percentagem de casos de sobreendividamento.

De salientar que, neste primeiro trimestre, os portugueses com empréstimos em vigor sentiram já uma significativa redução do valor das suas prestações de crédito, devido à queda dos juros.

D.N. - 19.04.09

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