Os sindicatos da Polícia levaram um canhão de água para a Praça do Comércio, em Lisboa, esta terça-feira, numa alusão aos jactos de água lançados há 20 anos pelo Corpo de Intervenção da PSP contra uma manifestação de polícias que ficou conhecida por «secos e molhados».
Numa iniciativa do Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol), o canhão de água, que é um autotanque dos bombeiros com a inscrição «Bombeiros Voluntários da Polícia», vai ser utilizado durante a concentração de polícias, que desde as 17h30 começaram a juntar-se próximo do Ministério da Administração Interna.
O auto-tanque simboliza que «a carga de água está contra o Governo», disse à Lusa o presidente do Sinapol, Armando Ferreira, numa alusão às negociações com o MAI sobre a proposta de estatuto profissional.
«Muito pouco mudou desde os secos e molhados»
«As coisas não estão a correr bem. Não estão a tomar o rumo que pretendíamos. Esperávamos uma abertura maior por parte do MAI, que se refugia no Ministério das Finanças para dizer que não há dinheiro», afirmou, acrescentando que para a segurança tem sempre de haver verbas.
O auto-tanque vai lançar alguns jactos de água, mas desta vez para a frente e de forma simbólica, quando os elementos da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) - que desfilam entre a Voz do Operário e o Terreiro do Paço - se juntarem aos outros sindicatos da Polícia.
O presidente do Sinapol disse ainda que durante esta concentração não é esperada uma grande adesão de agentes, uma vez que não é uma manifestação de polícias, mas sim de sindicatos. A grande adesão de polícias é esperada a 21 de Maio, numa manifestação já agendada pelos sindicatos.
Neste momento estão concentrados cerca de uma centena de sindicalistas, nomeadamente do Sinapol, Sindicato dos Profissionais de Polícia e do Sindicato Nacional da Carreira de Chefes da PSP.
TVI24 - 21.04.09
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