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22/04/2009

Portugal em 17ª lugar numa lista de 21 países - Crianças holandesas são as mais felizes

As crianças holandesas são as mais felizes da Europa, as inglesas as menos. É esta a conclusão de um estudo da UNICEF. Na Holanda, sustenta o relatório, os pais fazem mais para agradar aos filhos e os professores esperam menos dos alunos, do que nos outros países europeus.

De acordo com um relatório do Centro de Investigação Innocenti, da UNICEF, a sociedade holandesa é muito orientada para as crianças.

A investigação analisou factores como a pobreza relativa, os padrões de saúde e educação, comportamento sexual e a relação entre crianças, pais e amigos, em 21 países da OCDE. Uma das conclusões é a de que não há relação directa entre o rendimento per capita e o nível de felicidade. A República Checa, por exemplo, tem um maior grau de bem-estar nas crianças do que muitos outros países europeus.



A verdadeira medida da situação de uma nação é quão bem assiste às suas crianças - a sua saúde e segurança, a sua segurança material,
a sua educação e socialização, o seu sentimento de serem amadas, valorizadas e incluídas nas famílias e sociedades em que nasceram.


Relatório da UNICEF

"A Holanda sempre foi uma sociedade muito centrada na criança, em particular, nas pequenas crianças", explica Paul Vangeert, professor de Psicologia do Desenvolvimento da Universidade de Groningen.

Além da menor pressão sobre as crianças no que diz respeito à escola e da relação dos pais com os filhos, lembra Vangeert, na Holanda "há uma forte tendência das mães ficarem em casa para educar os filhos ou tirarem grande parte do seu tempo após o nascimento, para os filhos".

As crianças, diz, estão habituadas a "um ambiente muito protector, altamente positivo e afectuoso".

Um dos pontos fortes da família-padrão holandesa, sustenta ainda o professor, é o facto de ser muito aberta e comunicativa. As relações são normalmente boas entre os pais e as crianças, falando-se geralmente de tudo, acrescenta.

"Como os pais estão mais relaxados, a dinâmica dos problemas é menos severa", diz.

O lado negativo, alerta porém, é o de que as crianças "regerem" a família.

quase uma caricatura, são as crianças quem decide o que acontece na família. Os seus desejos tornam-se tão fortes que os pais têm de trabalhar muito para dar-lhes o que querem. Às vezes, há uma falta de equilíbrio entre a felicidade da criança e a dos pais".

No fim da lista está o Reino Unido. Na lista de 21 países, Portugal ficou em 17º lugar.
SIC - 22.04.09

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