O responsável pelo gabinete de acção social da União das Misericórdias refere um problema com dimensão significativa e nacional.
Quase todas as misericórdias do país têm recebido pedidos dos pais para serem reduzidas as mensalidades ou mesmo ficarem isentos desse pagamento.
«Pedem uma de duas coisas: ou isenção porque de repente deixaram de ter capacidade para pagar ou redução da comparticipação que estava acordada com as próprias instituições», explica.
Carlos Andrade associa o problema ao desemprego e dá como exemplo a Misericórdia da Maia.
O responsável pelo gabinete de acção social avisa que se a situação continuar deixará de ser sustentável.
«A misericórdia, dentro do possível, assume o prejuízo, o problema é de sustentabilidade, há um dia que não se pode continuar», explica Carlos Andrade, adiantando que se o problema se mantiver é preciso haver «um reforço do apoio do Estado na mensalidade».
Também nos lares há problemas, com algumas famílias a retirarem os idosos destes locais para ficarem com as reformas.
«Ainda não há uma dimensão muito grande, mas há casos pontuais, familiares que retiram os seus progenitores dos lares de idosos para os levarem para casa, não haveria mal nenhum, se não fosse em alguns casos para usufruir única e exclusivamente da pensão», garante Carlos Andrade.
TSF - 24.03.09
SIC Notícias
Sem comentários:
Enviar um comentário