De acordo com dados solicitados pela Lusa ao Instituto Nacional de Estatística (INE), dissolveram-se 6.898 sociedades por quotas na primeira metade de 2008, um acréscimo de 51 por cento face ao período homólogo.
Em relação aos seis meses anteriores, registou-se uma subida de 9 por cento.
Estes números são anteriores ao início da degradação da situação económica, que ocorreu na sequência da falência do banco de investimento Lehman Brothers e que já originou o encerramento de algumas empresas.
O maior aumento das falências verificou-se, porém, nas sociedades anónimas, que registou uma subida de 86 por cento, para 171, quando comparado com o período homólogo. Face aos seis meses imediatamente anteriores, faliram mais 12 por cento sociedades anónimas.
As restantes 24 falências ocorridas na primeira metade de 2008 aconteceram em empresas com outro tipo de forma jurídica, que não sociedades por quotas e anónimas.
Os dados enviados pelo INE mostram ainda que, ao longo do primeiro semestre, foi em Janeiro que ocorreu o maior número de falências (1.487).
Estes dados, que são fornecidos pelo Ministério da Justiça ao INE - que não é por isso responsável pela sua produção -, são ainda provisórios, alerta o instituto estatístico.
O Ministério da Justiça não quis enviar dados para 2008, por ainda não estarem consolidados.
Nos primeiros seis meses de 2008, foram criadas em Portugal 15.299 empresas, 97 por cento das quais foram constituídas na forma de sociedade por quotas, revelam os dados do INE.
O número de empresas constituídas aumentou 16,2 por cento no primeiro semestre de 2008 em relação aos seis meses anteriores, tendo recuado, porém, 0,2 por cento face ao período homólogo.
Estas informações mostram que apesar do número de falências ter aumentado 51 por cento, houve criação líquida de empresas no período analisado.
Destak.pt - 25.03.09
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