O presidente da Agência Federal do Trabalho (BA), Hans-Juergen Wiese, advertiu esta segunda-feira para a possibilidade de o desemprego na Alemanha atingir quatro milhões ainda este ano, em vez dos 3,6 milhões previstos.
«A situação piorou, e no pior dos casos o desemprego pode subir para quatro milhões ainda em 2009», disse Wiese em entrevista ao jornal Koelner Stadt Anzeiger, citado pela Lusa.
Em Fevereiro, a BA anunciou que havia cerca de 3,5 milhões de desempregados oficialmente registados no maior país da União Europeia.
Apesar da crise económica e financeira, «felizmente não há sinais de despedimentos em massa nas empresas», comentou, por seu turno, Raimund Becker, da administração da BA.
Mais prudente, o ministro do Trabalho, Olaf Scholz, criticou em declarações ao semanário Bild am Sonntag, prognósticos que apontam para quatro ou mesmo cinco milhões de desempregados na Alemanha.
«Não precisamos desses prognósticos, que na maioria dos casos são falsos, como se revelou nos anos anteriores», disse o político social-democrata.
Para Scholz, o mercado de trabalho «pode ser menos atingido pela crise do que muitos peritos receiam», devido à opção de muitas empresas, face à crise, pelo trabalho parcial, financiado pelo Estado, e não pelos despedimentos.
Recorde-se que o Executivo de Ângela Merkel mantém a sua previsão de recuo do PIB em 2,25%, mas o ministro das finanças, Peer Steinbrueck, já admitiu que estes cálculos deverão ser revistos em baixa em finais de Abril.
TVI24 - 23.03.09
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