Os maiores partidos políticos irlandeses aprovaram a Lei de Finanças para 2011. No parlamento, quinta-feira, e no senado, sábado, os eleitos do Fine Gael (FG), do Partido Trabalhista (labour) e dos Verdes uniram-se aos colegas do Fianna Fail (FF), actualmente no governo, e aprovaram a norma exigida pela UE e pelo FMI para desbloquear a «ajuda» ao país, no valor de 85 mil milhões de euros.
Em troca da votação favorável, o primeiro-ministro, Brian Cowen, convocou legislativas antecipadas para 25 de Fevereiro.
Aos partidos burgueses, e em particular ao FG e ao labour, pouco importa a contestação popular ao Orçamento que impõe cortes na despesa pública, subidas de impostos sobre os rendimentos do trabalho e recessão económica (o Banco Central Irlandês reviu para menos de metade o crescimento do PIB). Com o poder na mira, ambos os partidos puseram-se ao lado das medidas de «austeridade».
Só o Sinn Féin expressou o seu desacordo para com a Lei e o processo, fazendo notar não apenas que a «ajuda» da UE e do FMI vai custar caro aos irlandeses, mas também a sua oposição à aprovação do Orçamento antes da realização de eleições.
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