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03/02/2011

Fenprof vai pedir "reunião urgente" ao ministro das Finanças por causa dos concursos

A Fenprof vai pedir uma reunião com carácter de urgência ao ministro das Finanças para discutir política educativa, anunciou hoje o secretário-geral da federação sindical no final de uma reunião com a tutela para discutir os concursos de professores.
"Vamos pedir com carácter de urgência uma reunião para discutir política educativa, funcionamento das escolas, vinculação dos professores, tudo o que tem a ver com educação, àquele que é quem de facto manda na Educação neste país, que é o ministro das Finanças”, afirmou Mário Nogueira aos jornalistas.
À saída de uma reunião com o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Alexandre Ventura, o responsável da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) explicou a decisão com o argumento de que é nesse ministério que “as coisas se decidem”.
“A não realização deste concurso [de colocação de professores em 2011] não tem nada a ver com o facto de o Ministério da Educação achar que não vai haver necessidade de concurso, não é isso”, acrescentou.
Salvaguardando que o secretário de Estado nunca o disse explicitamente, Mário Nogueira afiançou que Alexandre Ventura deu a entender que, se pudesse, a decisão da tutela seria a de avançar com o concurso e que só não o faz porque não pode.
“Aqui na 5 de Outubro [Ministério da Educação] existe uma delegação do Ministério das Finanças e não existem governantes para a Educação em Portugal. E isso é lamentável e motivo de preocupação de todos os portugueses”, considerou.
A Fenprof foi hoje ao ministério para exigir a realização de um concurso de docentes este ano, mas saiu sem ver satisfeitas as suas pretensões.
“É a confirmação por parte do Ministério da Educação de que o compromisso politicamente assumido há um ano atrás que tem a ver com algo que faz muita fala às escolas, que é ter um corpo docente estável, e aos professores, que é ter estabilidade na profissão, não é para ser cumprido”, disse Mário Nogueira.
A ministra da Educação, Isabel Alçada, comprometeu-se pouco após a tomada de posse a avaliar as necessidades permanentes de professores nas escolas para que pudessem ser integrados, mas as medidas de austeridade decididas pelo Ministério das Finanças no âmbito do combate ao défice vieram inviabilizar o concurso este ano.
O secretário de Estado Adjunto e da Educação confirmou também aos jornalistas, no final da reunião, que o concurso não se realizará.
“Não vai haver concurso extraordinário de professores em 2011. Compreendemos os argumentos e a posição da Fenprof, mas a decisão [que já tinha sido anunciado pela ministra] mantém-se”, disse.

http://www.destak.pt/artigo/86660-fenprof-vai-pedir-reuniao-urgente-ao-ministro-das-financas-por-causa-dos-concursos

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